sábado, 25 de setembro de 2010

Meus erros

Eu gosto dos meus erros, falhas e acertos.
Gosto quando a vida me acende holofotes
e me convida à subir no palco,
Pois a hora do show chegou.
Gosto do degrau de cima,
e ainda mais do de baixo.
Foi de lá que eu vim.
Gosto da nostalgia,
mas só vez ou outra.
Gosto da magia que encontro em mim
Da força que me surpreende.
Gosto de ser louca e independente
Gosto da minha vida.
Gosto das amizades e inimigos.
Eles são obrigados a me aplaudir de pé.
Gosto do que ninguém vê,
do Deus que pra mim existe,
e de uma cerveja gelada.
Gosto do que aprendi
no meio de tempestades,
e gosto de errar.
Gosto de acreditar que sou feliz
e que não preciso agradar ninguém.
Gostem de mim como sou. E ponto.
Mudar para agradar, só se for a mim mesma.
Gosto de um abraço forte.
Gosto de ser a Fabyola de 20 minutos apenas.
Gosto de ser a Fabyola até amanhã.
Como diria Chico,
“Sou das loucas e poucas”
Gosto da tradução das minhas palavras
Das entrelinhas nos meus traços
E da sinestesia em minhas palavras.
Gosto de errar.
Pois invertendo o ditado,
Ele se torna verdadeiro.
Ninguém é humano.
Errar é perfeito.

Fabyola Gleyce

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O menino e o trem

O menino vislumbrava-se com o trem
o som das rodas, na velha ferrovia
eram músicas para ele.
O menino sentia ciúmes do trem.
Em sua mente,
o trem era de seu avô,
logo seria dele também.
O menino de olhos claros,
brincava na ferrovia todos os dias
e foi então que mais tarde descobriu,
que, como diria Drummond,
sua história era mais bonita
que a de Robson Crusoé.

Fabyola Gleyce

Deixa a luz acesa, pai!

O menino todos os dias
pedia ao pai:
"Pai, deixa a luz acesa!
Estou com medo dos fantasmas"
"Deixa disso menino,
a energia está cara."
E então o pai desligava a luz.

Na hora de dormir,
o pai começou a pensar
e então começou a também ter medo.
Eram sim, tantos fantasmas
fantasmas do desemprego
da falta de comida
do acidente,
e da falta de uma escola decente pro seu filho.
Dos hospitais públicos...

Foi ai que o pai percebeu,
que mais do que o filho,
ele também precisava de uma luz
acesa em seu quarto
brilhando durante a noite.
A energia estava cara,
mas já que era pra espantar esses fantasmas,
até que valia a pena.

Então o pai se levantou,
e caminhando em direção ao quarto do filho,
abriu a porta bem devagar,
e acendeu a luz de seu quarto.

Fabyola Gleyce

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Enquanto isso no jardim

Pequeno casulo
No ipê do jardim
Eis que acontece metamorfose:
Linda borboleta,
Voando em direção à liberdade.

Fabyola Gleyce

O Sol e a Lua

Sol e Lua. Paixão
Traindo o tempo,
Ficando juntos ao meio dia
Veio o castigo:
Não se encontrariam mais.
A Lua deprimida,
Recorreu da decisão do júri
E então veio o veredicto:
Haveria de vez enquanto,
O eclipse.

Fabyola Gleyce