terça-feira, 30 de novembro de 2010

REVISTA CAMINHOS GERAIS


A REVISTA DO POVO MINEIRO!

Vale Off Road


Só Deus sabe o que este jornal representa pra mim.
Pra ser direta, representa a minha passagem da Fabyola morta para a Fabyola cheia de vida que eu sempre fui e voltei a ser.

Deus, obrigada por tudo!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Desabafo apenas

Nossa...
Uma página em branco na minha frente, ouvindo a doce voz de Renato Russo e meio dopada. Não sei o que vai sair. Seja o que Deus quiser.
Hoje foi um dia chato. Um daqueles dias que a gente tira pra tomar noção das coisas. Sou (ou estou?) intolerante demais ao mundo. Nada parece estar bom.
A sorte é que amanhã terá um show do Raimundos couver aqui. Alivia a pressão interna.
Queria hoje apenas a companhia de Renato. Dá raiva saber que ele se foi sem me conhecer. Trocaríamos umas boas idéias. Sim, sou fanática. Ah meu Renato... deixe-me escrever para você. Minha papola da Índia...
Eu quero um dia de sol num copo d`água.
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De repente percebo que não existem mais tristezas ou mágoas. É como se minhas lágrimas estivessem secado. É como se eu perdesse o dom de chorar. Desde julho que não choro. Sinto-me suja por dentro. É como se as lágrimas me limpassem. E não as tenho mais. Claro...eu sei o motivo. Mas expô-los seria desnecessário. Mas descobri que é possível não chorar quando se está triste.
Acho eu que na verdade, estou me tornando uma panela de pressão a ponto de explodir. Não sei o que será de mim quando resolver voltar a ser humana.
Estou sendo máquina.
Uma máquina fragmentada. Uma máquina. O que fiz de minha própria vida? De repente percebo que tornei-me um projeto meu. Esta mania de ser engenheira.
Acho que é por isso que a maioria dos escritores morrem pobres. Só existem loucos.
Ah falsa matemática dos amantes...
Não estou afim de ouvir a voz de ninguém. Nem de ver ninguém. Não estou afim de mim. Eu quero um dia de sol num copo d`água.
Paro por um segundo e penso. É como se eu estivesse materializando meus sentimentos. Estou me sentindo angustiada, mas impedida de chorar. Estou cansada. Acabei de ouvir a frase de Raul “...pena eu não ser burro. Assim não sofreria tanto...”. Ah Raul...
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Parei de beber. E me questiono: para agradar quem? Não sei se foi a mim.
Hoje é o típico dia que eu preciso de um wisque com energético e não posso tomar porque me proibi. Ah Fabyola...
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Acabei de dizer uma frase que repetirei agora: estou cansada dessa maldita maratona capitalista que tenho que enfrentar dia após dia, das normas que tenho que seguir calada...sou ridícula demais. Sinto-me um personagem de Fernando Pessoa “...eu que tenho sofrido enxovalhos e calado. E quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda”. Como existem bons poetas...
Bons poetas e bons psicólogos. Um amigo meu acabou de me diagnosticar e vou dizer sério: economizei uma sessão de terapia.
Minha sede de vitória as vezes me cega.
Não sei o que será de minha vida no futuro, mas sei que tenho que construir as bases agora. Será que estou fazendo do jeito certo? É isto que me incomoda.
Sei que chegarei a algum lugar, apesar desta complicação de sentimentos. Seria mais fácil se eu visse o mundo apenas como o mundo, sem nenhum vinculo afetivo. Gostar é difícil. Gostar das coisas é difícil. Estou me tornando fria. Meu namorado reclamou comigo. Bem...é meu momento agora.
Quer saber? Foda-se esse mundo hipócrita. Frase de adolescente? Pode ser...
Mas foda-se o mundo mesmo. Cansei de ser marionete de um sistema cheio de falhas e ter que ficar calada...ah santo dom do desabafo pela escrita...
Por hoje é só...pode ser que amanhã eu mude de idéia em relação ao mundo, mas por hoje...foda-se tudo.

Fabyola Gleyce

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

500 anos de eleições

As eleições brasileiras não são algo recente. O livre exercício do voto surgiu logo depois da chegada dos colonizadores portugueses. Os bandeirantes paulistas, por exemplo, realizavam eleições para eleger os guardas-mores antes mesmo de fundar as cidades e vilas. A primeira eleição ocorreu em 1532 para eleger o Conselho Municipal da vila de São Vicente, no litoral paulista. Mas as pressões populares e o crescimento econômico do país passaram exigir a efetiva participação de representantes brasileiros nas decisões da corte.
Em 1821 aconteceram as eleições gerais para eleger os deputados que iriam representar o Brasil na corte, processo que durou vários meses devido às inúmeras formalidades. Até o fim do Império, a relação entre estado e religião era tão forte que algumas eleições passaram a ser realizadas dentro das igrejas. Era necessária a profissão da fé católica pelos candidatos para serem eleitos.
Somente a lei Saraiva, editada em 1881, acabou com essa determinação, introduzindo as eleições diretas. E a Constituição de 1891 determinou a separação entre igreja e estado.
Até 1828 as eleições para governos municipais obedeceram às ordens da corte, que eram as determinações legais vindas do rei e adotadas em todas as regiões sob domínio de Portugal. O voto era livre no inicio e direito de todo o povo. Com o tempo, porém, passou a ser direito dos que detinham maior poder aquisitivo. A idade mínima era 25 anos e mulheres, escravos, índios e assalariados não tinham direito de voto.
Os primeiros partidos políticos têm sua origem nas disputas entre as famílias paulistas Pires e Camargos, que usavam de força e violência. Antes da Segunda República só se falava em “grupos”. Somente depois, a expressão “partidos políticos” passou a constar nos textos legais. Até a edição do Decreto-Lei n° 7586 admitiram-se candidaturas avulsas, pois os partidos não detinham a exclusividade dos candidatos. Após o decreto, os partidos passaram a ter o monopólio da indicação dos candidatos.

As sete fases partidárias do Brasil

Houve sete fases partidárias no Brasil, sendo a monárquica a primeira, iniciada em 1837. Até o final do Império comandavam dois grandes partidos, o Conservador e o Liberal, que tiveram suas origens nas rebeliões provinciais da regência. O surgimento do Partido Progressista e a fundação do Partido Republicano, em 1870, completaram o quadro partidário do Império. Durante este período, as eleições eram controladas pelo Imperador, como forma de garantir a maioria ao governo. Isso gerava um número imenso de fraudes e chegava quase sempre a um resultado previsível, por meio da “política dos governadores”, que reinava durante a República Velha.
A Primeira República, de 1889 a 1930 correspondeu à segunda fase partidária e início dos partidos estaduais. As tentativas de organização de partidos nacionais não aconteceram, a exemplo de Francisco Glicério com o Partido Republicano Federal, e a de Pinheiro Machado com o Partido Republicano Conservador.
Na Segunda República iniciou-se a terceira fase partidária, com forte influência ideológica, surgindo assim a Aliança Nacional Libertadora e o Integralismo.
Com o golpe de 1937 e a instalação da Terceira República pouco aconteceu. Porém, na Quarta Republica ocorreu a redemocratização com apresentação dos candidatos pelos partidos políticos, chegando ao multipartidarismo, com treze legendas.
Em 1964 aconteceu o golpe militar, que é considerado a quinta fase partidária, com o bipartidarismo instalado pelo general Castello Branco. A Arena, que seria o projeto brasileiro do PRI (Partido Revolucionário Institucional), e o MDB foram copiados do modelo uruguaio.
A reforma de 1979 deu a inicio à sexta formação partidária, que buscou imitar o sistema alemão de condicionar a atuação dos partidos ao alcance do mínimo de base eleitoral. Em 1985 iniciou-se a sétima e atual fase, com a Emenda Constitucional de n° 25, devido ao alargamento do pluripartidarismo. Nesse mesmo ano Tancredo Neves foi eleito presidente por meio de um colégio eleitoral, mas faleceu antes de tomar posse, assumindo seu vice José Sarney.

Emenda Dante de Oliveira

Em maio de 1985, a Emenda Constitucional n°25 restabeleceu eleições diretas em dois turnos para presidente e vice-presidente da república e eleições diretas para deputados, senadores e prefeitos. E a Constituição de 1988 determinou a realização de plebiscito para definir a forma (monarquia ou república) e o sistema de governo ( parlamentarismo ou presidencialismo) e prescreveu que o presidente e os governadores, bem como os prefeitos dos municípios com mais de 200 mil habitantes, também fossem eleitos em dois turnos.
Estabeleceu-se ainda que o período de mandato do presidente seria de 5 anos, vedando-lhe a reeleição para o período subseqüente. Porém, a Emenda constitucional de revisão n° 5/94 reduziu para 4 anos o mandato presidencial e a Emenda Constitucional n°16/97 permitiu a reeleição dos chefes do executivo para um único período subseqüente. Com a aprovação da lei n° 9.504/97, pretendeu-se dar inicio a uma fase em que as normas das eleições sejam duradouras.

A eleição da primeira mulher para presidente

Dilma Vana Rousseff, nasceu em Belo Horizonte – MG, no dia 14 de dezembro de 1947, e é uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Atualmente é ministra-chefe da Casa Civil, e a primeira mulher a ser eleita para o cargo de presidente do Brasil no dia 31 de outubro de 2010. Nascida em família de classe média alta e educada de modo tradicional, interessou-se pelos ideais socialistas durante a juventude, logo após o Golpe Militar de 1964.
Participou da equipe que formulou o plano de governo na área energética na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2002, onde se destacou e foi indicada para titular do Ministério de Minas e Energia.
Dilma é a prova de que a mulher, antes sem direito de voto, conquistou seu espaço na sociedade atual e pode ser vista como uma das mulheres mais importantes do mundo.

Fabyola Gleyce

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Aos brasileiros que veêm e não veêm o governo com racismo.

Do período republicano para cá, o Brasil foi como um altar. Os brasileiros se colocavam à frente do Brasil e perguntavam: “Por que o Brasil do futuro não acontece?”. O sonho de um Brasil do tamanho de seu nome passava anos a fio e não acontecia.
Para uma camada da sociedade brasileira, o sonho aconteceu em abundância, e para outra, às vezes nem sonhava.
Fisicamente falando, o Brasil eram dois brasis, um sofisticado sem identidade, e outro, com identidade sem ideal.
O segundo Brasil, elegeu Luiz Inácio da Silva como uma insurgência, um desafio à um sistema histórico que mantinha o privilégio do ócio.
Muitos brasileiros que sonhavam, jogaram a bandeira do PT no chão, e muitos, jogaram também no chão o significado daquela bandeira.
O significado daquela bandeira, emergiu no segundo Brasil, dos brasileiros que perguntavam por que o Brasil do futuro não acontecia, decidindo fazer acontecer.
A Dilma se faz representante de um Brasil e o Serra de outro Brasil.
A Dilma tem projeto de governo, o Serra projeto de poder.
A Dilma representa Estado forte, como instituto financiador do desenvolvimento da nação
O Serra representa um Estado frágil, gerenciado para o desenvolvimento do capital.

O “país do futuro” só será o país do futuro quando seu destino tiver identidade.
Quando o Brasil identificado com valores profundos o levarem adiante.
Fico analisando as diversas mídias, como esta que citarei com prazer: Revista Veja. Revista esta que se fez de panfleto político contra a Dilma ao invés de se preocupar com o que realmente importa: conteúdo. O saco de merda, digo, a revista Veja, se apresenta como representante ativo da extrema direita. Cito esta, pois se eu citasse as outras mídias vendidas ao PSDB este texto não teria fim nunca. Infelizmente a Dilma não é o Lula, mas sim uma classe que teve seus erros como os escândalos do mensalão. Aliás, já virou clichê dizer isto. A Dilma representa o PT em si, e é só olhar em volta e ver a quantidade de projetos.
Para quem não entende nada de política ou não se preocupa com o futuro do país, lembre-se apenas do governo de Fernando Henrique Cardoso. O que tivemos de evolução? Queda da inflação? Obrigação, não projeto de lei.
O que me deixa puta de raiva com estes brasileiros leigos e que procuram ser “joões ninguém” nesta política, é que pelo menos 70% dos eleitores que dizem anular o voto ou votar no Serra, não tem a menor idéia do que estão fazendo. São pessoas que não tem tanto acesso à informações, ou se tem, não às compreendem. Gente acorda! Os maiores intelectuais estão com a Dilma.
Votar no Serra, é fazer o país retroceder à extrema direita que já foi um dia, uma vez que os projetos deste igualam-se aos projetos direitistas. Quem quiser que pesquise no Google depois o significado de “direita e esquerda”. Não estou aqui para ficar dando aula de história, afinal sou engenheira ora bolas!
Votar na Dilma é dar continuidade ao poder que, sim, vem do povo. Tantas críticas sem embasamento persistente e forte que me fazem rir.
Rir sim da cara do PSDB que agora se apresenta tão escancarado (para não dizer desesperado) com o slogan “Sou Marina e estou com Serra”. Até um minuto atrás a Marina não estava neutra? Bando de oportunistas safados. E digo mais: pesquise a história da Marina e verão que ela tem ideologias petistas.
Votar na Dilma significa votar no progresso, no futuro firme e sólido. O Brasil está a beira de se tornar país de primeiro mundo. Se o Lula é visto como um rei no exterior, por que aqui no Brasil tem pessoas que insistem em querer retroceder o país? Turma que nunca pesquisou a história brasileira, só pode.
Turma que quer a privatização de empresas como a pré-sal e a Petrobrás, que escapou por pouco de ser privatizada.
Então “companheiros e companheiras” sejamos coerentes e não deixemos o país voltar para a mão dos que só pensam em uma palavra: o poder.

Enfim, esta é minha contribuição para esta eleição: conhecimento.

Fabyola Gleyce

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Lula ataca tucanos por 'xaveco no ouvido do povo'

No mais duro ataque aos adversários nesse segundo turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou ontem à noite os tucanos de terem 'bico grande' e disse que o candidato do PSDB ao governo de Goiás, Marconi Perillo, não tem caráter. Em comício na periferia de Goiânia, Lula disse ainda que muitas afirmações de integrantes do PSDB não passam de 'xaveco' no ouvido do povo.

Principal cabo eleitoral da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, Lula fez o comentário sobre Perillo - a quem acusou de ter desviado R$ 1 bilhão da Companhia Energética de Goiás (Celg), mas acabou generalizando a crítica. 'Os tucanos têm bico grande. São espertos. Têm bico bonito e lábia bonita, mas é só xaveco', comparou o presidente.

Ao lado de Dilma e do candidato do PMDB ao governo goiano, Iris Rezende, Lula disse que caráter se aprende conversando com a mãe. 'Não há nada pior do que um político sem caráter', disse ele, aplaudido pela plateia. 'Não tem nada pior do que alguém que não colocou um trilho na ferrovia Norte-Sul dizer que eles fizeram a Norte-Sul'. Era mais uma referência a Perillo, a quem acusou de fazer uma 'campanha bilionária'.

Depois, virando-se para Íris Rezende, provocou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). 'Íris, você podia pegar o nosso adversário e pedir para ele dizer quanto é o que o presidente dele, o tucano com bico grande, investiu no Estado de Goiás e quanto eu investi, mesmo sendo tucano.'

Sempre demonstrando contrariedade com o PSDB, Lula voltou a provocar os tucanos. 'A gente não pode fazer política com ódio, com agressão, mas ninguém aguenta mentira', insistiu.

O comício, no Jardim Curitiba, bairro pobre de Goiânia, foi marcado por saudações religiosas. Dilma, logo no início, disse que queria cumprimentar 'padres e pastores'. O discurso da petista também foi pontuado por afago aos cristãos e citações a Deus. 'Somos a favor da vida',afirmou ela. 'No Brasil, árabes e judeus sempre se juntam à mesma mesa e não guerreiam. Católicos, evangélicos, espíritas, pessoas de todas as crenças convivem de forma fraterna nas mesmas escolas. Não podemos deixar que nos transformem num país cheio de ódio', pediu Dilma.

No comício, o empresário Vanderlan Cardoso (PR), candidato derrotado ao governo de Goiás, criticou o uso político da religião na campanha. Evangélico, Cardoso saudou Dilma e Lula dizendo 'a eles toda a honra e toda a glória', conclamando o público a esclarecer as 'mentiras' contadas contra a petista. 'A gente está vendo no País uma onda criminosa', afirmou ele.

A equipe de Dilma aproveitou o comício para tentar desfazer o que chamou de 'onda de boatos' contra Dilma entre os cristãos. No papel de locutor, o coordenador de internet da campanha, Marcelo Branco, responsabilizou os tucanos pela disseminação de 'fofocas' contra a petista. 'Agora estão mentindo até em telefonemas', comentou, ao conclamar o público a 'espalhar a verdade' pela internet.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Manifesto em Defesa da Educação Pública

Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.
Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais.
Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. São Paulo foi o único Estado que não apresentou, desde 2007, crescimento no exame do Ideb, índice que avalia o aprendizado desses dois níveis educacionais.
Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.
Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se. As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A proibição de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas. Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados.
No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais. Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.

sábado, 25 de setembro de 2010

Meus erros

Eu gosto dos meus erros, falhas e acertos.
Gosto quando a vida me acende holofotes
e me convida à subir no palco,
Pois a hora do show chegou.
Gosto do degrau de cima,
e ainda mais do de baixo.
Foi de lá que eu vim.
Gosto da nostalgia,
mas só vez ou outra.
Gosto da magia que encontro em mim
Da força que me surpreende.
Gosto de ser louca e independente
Gosto da minha vida.
Gosto das amizades e inimigos.
Eles são obrigados a me aplaudir de pé.
Gosto do que ninguém vê,
do Deus que pra mim existe,
e de uma cerveja gelada.
Gosto do que aprendi
no meio de tempestades,
e gosto de errar.
Gosto de acreditar que sou feliz
e que não preciso agradar ninguém.
Gostem de mim como sou. E ponto.
Mudar para agradar, só se for a mim mesma.
Gosto de um abraço forte.
Gosto de ser a Fabyola de 20 minutos apenas.
Gosto de ser a Fabyola até amanhã.
Como diria Chico,
“Sou das loucas e poucas”
Gosto da tradução das minhas palavras
Das entrelinhas nos meus traços
E da sinestesia em minhas palavras.
Gosto de errar.
Pois invertendo o ditado,
Ele se torna verdadeiro.
Ninguém é humano.
Errar é perfeito.

Fabyola Gleyce

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O menino e o trem

O menino vislumbrava-se com o trem
o som das rodas, na velha ferrovia
eram músicas para ele.
O menino sentia ciúmes do trem.
Em sua mente,
o trem era de seu avô,
logo seria dele também.
O menino de olhos claros,
brincava na ferrovia todos os dias
e foi então que mais tarde descobriu,
que, como diria Drummond,
sua história era mais bonita
que a de Robson Crusoé.

Fabyola Gleyce

Deixa a luz acesa, pai!

O menino todos os dias
pedia ao pai:
"Pai, deixa a luz acesa!
Estou com medo dos fantasmas"
"Deixa disso menino,
a energia está cara."
E então o pai desligava a luz.

Na hora de dormir,
o pai começou a pensar
e então começou a também ter medo.
Eram sim, tantos fantasmas
fantasmas do desemprego
da falta de comida
do acidente,
e da falta de uma escola decente pro seu filho.
Dos hospitais públicos...

Foi ai que o pai percebeu,
que mais do que o filho,
ele também precisava de uma luz
acesa em seu quarto
brilhando durante a noite.
A energia estava cara,
mas já que era pra espantar esses fantasmas,
até que valia a pena.

Então o pai se levantou,
e caminhando em direção ao quarto do filho,
abriu a porta bem devagar,
e acendeu a luz de seu quarto.

Fabyola Gleyce

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Enquanto isso no jardim

Pequeno casulo
No ipê do jardim
Eis que acontece metamorfose:
Linda borboleta,
Voando em direção à liberdade.

Fabyola Gleyce

O Sol e a Lua

Sol e Lua. Paixão
Traindo o tempo,
Ficando juntos ao meio dia
Veio o castigo:
Não se encontrariam mais.
A Lua deprimida,
Recorreu da decisão do júri
E então veio o veredicto:
Haveria de vez enquanto,
O eclipse.

Fabyola Gleyce

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Hugo Neto para mim!

Vi pelos campos lírios e tentei colher
dar a amada uma amostra do meu amor
mas o mundo caiu e como enxofre em meus
temeros lábios, lábios que um dia beijei
á amostra do amor pela vida, amada escondida,
flertando comigo ... - flertando comigo - flertando comigo.
Lírios de um lábio.

Hugo Neto!
(Amei meu querido, muito obrigada)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Da esquerda liberal

Resolvi escrever este texto depois de uma verdadeira aula de história que tive ontem com dois professores maravilhosos: Mário Carvalho e Vera Tufik.
Eu, que me intitulava anarquista, pensei bem e vi que este era um ideal utópico. Nenhum outro país adotou essa anti-política, e aqui no Brasil então, isso seria um sonho jamais realizado.
Foi então que me intitulei: sou da esquerda liberal, depois de uma frase que ouvi do Mário, o amigo historiador: “Você sempre foi da esquerda e não sabia”.
Sempre prestei serviço para o governo como mesária voluntária (inclusive este ano fui até promovida para Primeira Secretária, daqui a pouco então, me promoverão a Presidente – assim espero).
Ser mesário – ops! Primeira Secretária agora – é uma experiência interessante. O volume de conhecimento adquirido é imenso, devido às histórias que escutamos dos eleitores. E parece que enfim eu vejo que faço diferença na sociedade prestando tal serviço. Vi sentido na coisa!
Percebi que o meu conceito a respeito do voto mudou significativamente. Eu, que pensava em votar nulo em todas as categorias, decidi com muito conhecimento meus candidatos.
Para presidente, Dilma Russef . Falando nisso, eu que já tinha raiva da Globo, tomei ainda mais antipatia depois que vi o Willian Bonner tentando a todo custo detoná-la em rede nacional. Mulher de luta, que em plena época da ditadura militar lutava à favor da democratização brasileira. Merece meu voto, como mulher e pessoa. E tenho certeza absoluta de que todo brasileiro a favor da verdadeira democracia, votará nela também. Mulher que enfrentou a mesa de tortura por lutar a favor de um ideal revolucionário “Sob tortura, não há ser humano que se cale”
Não estou aqui para fazer propaganda de ninguém. Ao contrário, passar um pouco de conhecimento para quem, que como eu, era revoltado em relação a política.
O ocultismo existente por trás da política é tão grande, que dá pra revoltar mesmo quando as cartas são jogadas na mesa.
Agora, falando em nossa região, me indignei ao ver um certo candidato que só de ouvir o nome dele já me arrepiava de antipatia. Será que citar nome é proibido?
Ah... existem tantas “eiras e beiras” por ai, que este que estou citando é só mais um no meio de vários.
Em plena democracia brasileira, que lutaram muito para conquistar, o sujeito propõe o nome “RONALDO DE SOUZA”, para o atual Viaduto da Prainha.
Ronaldo de Souza é um ex-torturador que na época militarista enfei(t)ava os porões da Ditadura Militar. Como votar em um candidato que tem por ídolo um sujeito como este? Não tem nem como acreditar que ele se candidatou. Pra quem é a favor de um “eira” desse, leia o livro “Tortura nunca mais” e fique um mês sem dormir.
Se eu pudesse fazer uma pergunta à ele, seria: “Por que você não espera seu ideal militar chegar ao Brasil para que você se candidate a presidente? Você e sua corja dominariam bem, pois vocação pra isso você já tem” .
Falando em democracia, (democracia mesmo?), comecei a pensar que este não passava de um ideal ainda não conquistado por completo. Ainda vai demorar uns bons anos para que ela se concretize.
Fala-se muito em liberdade de expressão, e eu não tenho liberdade de escrever um texto sobre uma pessoa pública altamente prejudicial para a sociedade sem medir minhas palavras. A censura existe. Existe e reina!
Aliás, existe para o lado mais fraco que somos nós humildes cidadãos e pseudo-escritores. Sou poluída áudio-visualmente o tempo todo, o dia inteiro com musiquinhas ridículas de partido que não quero escutar e tenho que varrer a varanda da minha casa de tanto panfleto que jogam. No entanto, tenho que medir palavras na hora de escrever.
Como disse, meu conceito a respeito do voto mudou. Meu voto fará diferença e gostaria muito que cada um de nós pensasse nisso, mas pensasse profundamente e estudasse a história brasileira para entender o contexto em que vivemos, ao invés de se deixar levar por campanhas que invadem nossa mente em tempo integral.
Acredite: faz diferença e muita!

Fabyola Gleyce

sábado, 14 de agosto de 2010

EM TEMPOS MODERNOS

com suas grades e seus barulhentos canhões
modificam a natureza do homen
que agridem sua propria terra
seu proprio povo
e seus irmãos

xamam jesus de jenezio
só se curam atravez da guerra
o maior come o menor
em tempos q só o dinheiro paga sua paz
ouro de poucos mizeria operaria

homens somos muitos
guerreiros de uma causa egoista
torcedores de um time de odio
vencedores de uma guerra perdida

desaparecem em meio a seus erros
fortalecem suas mentiras com sorrisos
trocam suas vidas vendem seus corpos
desfilam suas futilidades na passarela
e o resto q coma a sobra q tiver

homens somos muitos
guerreiros de uma causa egoista
torcedores de um time de odio
vencedores de uma guerra perdida

Filipe Metal - Um grande amigo meu
(Texto transcrito tão originalmente quanto o autor)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meus dois lados


Ultimamente tenho pensado muito sobre mim mesma, e percebi que tenho exatamente dois lados: um lado menina e um lado mulher.
Analisando minhas atitudes em diversas situações, pude ver claramente uma mulher adulta em diversos momentos, mas vi também uma criança dentro desta adulta que teimava em não crescer nunca.
É como se eu não quisesse virar adulta por completo, como se eu quisesse conservar em mim este lado mais menina.
Sou uma verdadeira criança quando vejo um bichinho de estimação e me apaixono quase instantaneamente e faço pirraça pros meus pais deixarem eu comprar. Mas sou adulta quando ele começa a sofrer demais e tenho que tomar a séria decisão de mandar sacrificá-lo.
Sou uma adulta quando atendo algum cliente com o maior profissionalismo do mundo que deseja algum tipo de arte dessas feitas no photoshop mesmo para sua empresa, mas me transformo numa verdadeira criança quando imagino que as ferramentas do programa são baldes de tintas e materiais para fazer artesanato com os quais eu posso sujar as mãos e fazer a maior bagunça.
Sou uma adulta quando discuto com meus pais sobre a questão da minha liberdade, mas uma criança quando corro pra cama deles de madrugada quando tenho algum sonho ruim.
Sou uma verdadeira criança quando me apaixono por alguém, e então escrevo cartinhas de amor, faço um caderninho de fotos e converso igual criança perto da pessoa amada. Mas uma verdadeira adulta ao saber admitir que a relação acabou, e mesmo sofrendo, erguer a cabeça e dizer: “Eu perdi, e agora a vida continua”.
Sou uma verdadeira criança quando sonho, quando tenho milhões de coisas na cabeça e quero realizá-las, como quando eu tinha uns cinco anos e dizia que quando eu crescesse eu teria uma moto, porque a minha motoquinha de plástico estava ficando pequena pra mim. E no entanto me transformo numa adulta quando tomo algum tombo na moto que consegui comprar, e penso que talvez seria melhor ter continuado com a motoquinha de plástico mesmo.
Sou uma criança quando vejo milhões de coisas gostosas de comer e quero comê-las quase todas ao mesmo tempo, mas uma adulta quando vejo que tenho que fazer algum tipo de exercício físico pra queimar as milhares de calorias consumidas.
Poderia citar aqui sem pensar muito milhões de situações em que a fusão menina-adulta se decompões em duas coisas muito diferentes: uma menina e uma adulta.
A menina que existe em mim é essa ai da parte de cima do meu blog rodeada por desenhos infantis sorrindo sempre. E a adulta é a que fez a arte, mesmo não me sentindo assim sempre.
Eu teimo em não crescer. Ser adulto é chato, por isso sempre conservo esse meu lado criança que alguns percebem com mais facilidade. Ser criança é não preocupar tanto com os problemas do mundo, é sempre ter um bichinho pra cuidar e ter o dom de perdoar instantaneamente. É sempre estar pronta para um abraço mesmo depois de uma bronca –ou no caso dos adultos, decepção- daquelas. É sorrir sempre e dizer “sim” para a vida, mesmo com a dúvida do amanhã.
E ser adulta é...hum...ser adulta é ser adulta oras...
Por isso prefiro a fusão menina-mulher-adulta. É mais interessante e mais gostoso ter os dois lados. A diversidade de situações enfrentadas é muito maior e a maneira como a gente as encara depende de qual lado está em evidência.
Pra mim, o fato de ora ser menina e ora ser adulta depende apenas de uma coisa: meu estado de espírito. Por isso prefiro na maioria das vezes encarar o mundo como se fosse uma criança. É mais colorido, mas cheio de vida, mais feliz. E o mundo adulto é mais cinza, sem graça.
Mas tem uma vantagem: o adulto aprende com as situações enquanto as crianças só as contorna. Por isso, como já disse, prefiro a minha fusão.
Hoje quero conquistar o mundo com a minha energia de criança. Mas precisarei da minha inteligência de adulta para arquitetar planos para fazer tal fato acontecer.
Mas amanhã eu faço isso. Por hoje, já fiz coisas demais.

Fabyola Gleyce

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Adeus amiguinho...


Um grande amiguinho, chegou em minha vida, trouxe alegria e preencheu um pedacinho do buraco que o Luppy deixou em mim.
Charlie Morrison Brown...o coelhinho que de todos era o mais inteligente e carinhoso. Morreu hoje cedo quando eu ia pegá-lo pra vir embora pra minha cidade...
Aiai...não tô dando sorte mesmo...chorei sim, confesso....mas antes do final do dia garanto que já estou com outro...

Família Abençoada!


Existem coisas que superam um gole de cerveja e um show de rock and roll.
Dona Isa, Núbia, Tiago, Andréa e Sarinha aprendi a gostar de vocês de uma forma especial demais.
Obrigada por tudo, principalmente pela amizade sincera. Já estou sentindo falta.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Meu coelhinho que ganhei!



Galera, esse é meu novo bichinho de estimação. Se alguém souber algum nome bacana dá idéia ai...pensei em Gutemberg...mas acho grande demais pra ele

Valew!

domingo, 18 de julho de 2010

Aprendendo a gostar de mim mesma


A Bíblia diz: Ama a teu próximo como a ti mesmo.

Por mais simples e clara que esta afirmação possa parecer, levei muito tempo para me dar conta do que significa "amar a si mesmo" e para saber que se não amarmos e respeitarmos a nós mesmos seremos incapazes de qualquer amor verdadeiro pelos outros.

Alguns talvez digam que amar a si mesmo é vaidade, egoísmo e arrogância. Talvez seja por isso que esse amor por nós mesmos não é despertado e estimulado em nós desde pequenos. Pelo contrário, somos formados para atender o desejo alheio, a expectativa dos pais, as exigências dos professores, as ordens dos adultos.

Lutamos desesperadamente para atender o desejo dos outros, achando que assim seremos amados por eles.

E nesse esforço perdemos de vista o incrível milagre que cada um de nós é como centelha divina e esplêndida expressão da vida.

As atitudes de vaidade, egoísmo ou arrogância não revelam amor por nós mesmos. Revelam medo, insegurança, necessidade de afirmação. Essas atitudes são disfarces, são escudos para ocultar as carências que incomodam e fazem sofrer.

Pense nisso sempre que uma pessoa arrogante intimidar ou procurar diminuir você. O amor é respeitoso, generoso, solidário e cheio de compaixão. Quem ama a si mesmo entra em sintonia com o universo no que ele tem de melhor, e tudo flui em sua vida.

Como é que amamos um filho querido para que ele cresça e se desenvolva dentro de suas características próprias? É procurando conhecê-lo tal como ele é, e não como gostaríamos que ele fosse. É acolhendo suas necessidades e estimulando suas capacidades.

É ajudando-o a superar suas dificuldades e colocando limites para que ele se dê conta dos direitos dos outros. É tendo para ele um olhar de amor que reconhece, respeita, valoriza, levando-o a descobrir a pessoa única e especial que ele é. Levando-o a amar a si mesmo.

Por que então não fazemos o mesmo conosco? Somos adultos, está na hora de cuidarmos de nós como o faríamos com um filho querido.

Está na hora de aprender a amar a nós mesmos.

Fabyola, com F de FORÇA


Achei que tava mal, que minha vida nunca ia melhorar.
Todas as placas que olhei indicavam apenas uma direção: para baixo.
E assim estava eu, como vítima da vida e dos problemas esquecendo-me do principal: minha força e minha fé em Deus.
Deus...este que fez a nós seres-máquinas-perfeitas-humanos-imperfeitos.
Fiz o que deveria ter feito antes. Virar uma águia e voar em direção ao Sol. Ele queimou minhas penas já desgastadas, e mergulhei no oceano pra um banho renovador. E então veio a metamorfose: Fabyola, com F de Força, e não de fracassada.
Me sinto forte. Sinto a vida inundar as minhas veias novamente. Sinto que cada passo que dou, estou indo em uma única direção: a certa.
Deixei de ser vítima para ser forte. Depois de decepções de diferentes formas, da perda de uma parte de mim, da morte de entes queridos, depois de tudo que veio para me derrubar, hoje me olho no espelho e sinto orgulho de mim.
Eu não cai. Quando me encontrava no fundo do poço, olhei pra cima e vi as estrelas. Elas me deram força para fazer uma das coisas que faço melhor: escalar.
Escalar em direção à elas, tendo como objetivo final, uma vida limpa e pura. Cada dia que passa, é um novo degrau. Hoje as lágrimas de tristeza secaram, e a superação enfim chegou.
Deus tem me ajudado de todas as formas possíveis.
E tudo que sou, devo à Ele. Obrigada Senhor.

Fabyola Gleyce

Pensamento II


Entre uma decepção e outra, que tal uma pausa para aprender?

Tem época na vida da gente que parece que os encontros 'amorosos' são mais uma provocação do que uma oportunidade de se sentir satisfeito e feliz... Assim, vamos contabilizando decepções e desacreditando na possibi-lidade de viver uma experiência positiva e motivadora.

Quando isso acontece, creio que o melhor seja parar. Uma pausa para aprender. Ou melhor, antes apreender. Perceber o que está acontecendo, quais são nossos verdadeiros desejos e quais tem sido nossas atitudes para torná-los concretos.

Muitas vezes, fazendo uma análise mais justa e desapegada, sem assumir nenhum papel, nem o de vítima das armadilhas da vida, nem da sacanagem dos outros e nem o de culpado, como se tudo o que fizéssemos estivesse definitivamente errado, terminamos descobrindo que há alguma incoerência nisso tudo.

Só que para isso precisamos de tempo... e principalmente de coragem para admitir limitações, assumir pensamentos negativos e confiar mais na sabedoria da vida e seu ritmo. O que acontece, no entanto, é que a maioria de nós não quer esperar, não quer refletir. Tem apenas um único pensamento que alimentamos o tempo todo: quero namorar, quero ter alguém!!!

Será que estar com alguém é o mesmo que estar feliz? Pode ser que sim, mas pode ser que não... e se por qualquer motivo você não tem ficado com quem deseja, talvez seja o momento ideal para um intervalo, tão útil entre uma decepção e outra...

Tempo de se observar, de observar as pessoas e ouvir o que elas dizem. Tempo de aprender, crescer, ter uma nova conduta, desenvolver uma nova postura. Aguardar até que a vida lhe mostre qual é o melhor caminho a seguir... mas para ver, você precisa estar atento... sem tanta ansiedade, sem tanto desespero para tentar fazer com que as coisas aconteçam do jeito e na hora que você quer...

E se nenhuma resposta vier, talvez signifique que você precisa ver e ouvir com o coração. Respeitar o silêncio. Aceitar a ausência de quem você tanto deseja encontrar... Talvez não haja uma resposta e nem haja uma explicação.

Às vezes, simplesmente não existem respostas nem explicação. Apenas a vida. Apenas as pessoas. Apenas o mundo. Apenas a dor e o amor. Apenas...

E se insistirmos em não aceitar, em brigar, em nos rebelar, em nos revoltar... conseguiremos tão somente mais dor... e menos amor. Aceite que você não tem o controle, que você não pode decidir sozinho, que o universo tem seu próprio ritmo. Faça o que está ao seu alcance; faça a sua parte... e bem feito; da melhor maneira que puder...

E o que não puder, entregue e espere... porque embora diga sabiamente a música "quem sabe faz a hora, não espera acontecer", tem ocasiões nesta vida em que quem sabe espera acontecer e respeita a hora de não fazer... até que um dia, o amor de repente acontece... porque seu coração estava exatamente onde deveria estar para ser encontrado!

Rosana Braga

Pensamento I


Viver uma verdadeira experiência amorosa é um dos maiores prazeres da vida. Gostar é sentir com a alma, mas expressar os sentimentos depende das idéias de cada um. Condicionamos o amor às nossas necessidades neuróticas e acabamos com ele. Vivemos uma vida tentando fazer com que os outros se responsabilizem pelas nossas necessidades enquanto nós nos abandonamos irresponsavelmente.

Queremos ser amados e não nos amamos, queremos ser compreendidos e não nos compreendemos, queremos o apoio dos outros e damos o nosso a eles. Quando nos abandonamos, queremos achar alguém que venha a preencher o buraco que nós cavamos. A insatisfação, o vazio interior se transformam na busca contínua de novos relacionamentos, cujos resultados frustrantes se repetirão.

Cada um é o único responsável pelas suas próprias necessidades. Só quem se ama pode encontrar em sua vida Um Amor de Verdade

Zíbia Gasparetto

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Minhas lágrimas não secam...



Aiai Luppy...você deve me achar uma manteiga né...mas minhas lágrimas por você não secam. Ontem fui numa igreja que achei aqui em BH, perto de casa mesmo. Segundo dia que vou. Hoje acho que vou de novo. Deus me mostrou que não me abandonou. Que sempre está comigo sempre. Estou dormindo muito melhor agora, estou mais calma.
Estava sem forças pra lutar sozinha, mas agora sei que Deus está ao meu lado e nunca vai me abandonar.
Estou numa fase difícil, mas está passando. Estou me apaixonando pela minha vida novamente, e isso é bom.
Achei mais fotos suas, coloquei no meu orkut. Quando olho pra elas,´parece que você está ao meu lado. Mas o nó na garganta não sai nunca. Mas vai passar.
Meu tio me deu um coelhinho, no dia que eu for embora eu vou lá buscar. Pequenininho, tipo aquele que eu tinha que você pegou pela orelha escondido de mim e queria enterrar.
Minha mãe está vindo pra cá semana que vem. Nossa relação está muito melhor. Ela falou que quer passear comigo sexta, sábado e domingo. Ela vai consultar na quinta.
Estou com esperança que minha vida vai melhorar. Quarta e quinta quando fui no culto, todas as mensagens parecem que foram pra mim. Isso me mostrou o cuidado e o carinho que Deus tem com a minha vida. Me mostrou que perdoou meus pecados também. Me reconciliei com ele. E fico ansiosa pra chegar de noite e eu ir pro culto.
Antes eu não estava conversando com ninguém aqui em BH. Agora fiz algumas amizades.
Hoje vou com a Núbia no centro ajudar ela comprar uma chapinha e um secador de cabelo. Bom pra me ajudar a distrair e vencer a anciedade de ir embora.
Por hoje é isso!

Salmo 73:25-26


A quem tenho eu no céu
A quem tenho eu além de Ti
Tu és a razão da minha vida
Minha existência está em Ti
Mesmo que os montes caiam
E os rios transbordem
Mesmo assim confiarei
Mesmo que a vida se vai
Escorrendo entre os meus dedos
Mesmo assim não temerei

Mesmo que tudo pareça difícil
Mesmo assim confiarei
Mesmo assim adorarei

Jesus, eu Te adoro, eu Te adoro,
Eu Te adoro, eu Te adoro, Jesus...


Composição: Pr. Antônio Cirilo

http://www.youtube.com/watch?v=z4F8MxstmiM

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Saudade



Daria qualquer coisa pra pegar você no colo só mais uma vez e dizer que te amo muito.
Deus sabe o que faz. Prefiro acrditar que é assim.

Que saudade Lú.

Ontem a vó me deu 3 presentes: uma frigideira anti aderente, uma espátula de silicone e uma forma de bolo em forma de coração. Tudo pra me distrair. Chorei, pois lembrei de você pedindo tudo o que inventava na cozinha...você era o melhor critico culinário rs...se gostava até chorava pedindo mais se não gostava você enrrugava o nariz e andava pra traz kkk...

Que saudade meu bebezinho...esquece de mim não tá? E sempre que tiver um tempinho ai, dá uma olhadinha aqui pra mim, pois sempre estarei pensando em você.
Fico pensando o que você deve estar fazendo agora...provavelmente correndo por algum lugar ou comendo alguma coisa...ou dormindo com a barriguinha virada pro sol.
Chega...secou as palavras de luto por hoje.

Amo vc meu amado!

Fabyola

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Quarto dia



Fazem quatro dias hoje que você me deixou meu amado.
E a saudade é demais. Dói o peito, dói tudo. É uma coisa sem tamanho isso que estou sentindo. Não paro de chorar, me sinto sozinha. E quando lembro que não tenho você mais é desesperador. Quem vai me consolar?

Peço a Deus todos os dias que me ajude a superar essa fase dificil. Não aceito essa tristeza em minha vida. Mas é momento, eu sei que vai passar. Sem você é tão dificil...

Saber que tinha alguem que morreria por mim e agora não tenho mais, dói.
Já fiz besteira demais meu pequeno. Me ajuda agora a seguir firme e em linha reta em direção à minha felicidade que agora está difícil de encontrar. Me ajuda. Não sei mais a quem recorrer. Deus parece não me escutar. Parece estar me provando de trodas as formas. Não sei até quando aguento. Nem tenho mais palavras.

Fabyola Gleyce

Sem ar



Meus pés não tocam mais o chão
Meus olhos não vêem a minha direção
Da minha boca saem coisas sem sentido
Você era o meu farol e hoje estou perdido

O sofrimento vem à noite sem pudor
Somente o sono ameniza a minha dor
Mas e depois? E quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso, teu olhar

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar

Perdi o jogo, e tive que te ver partir
E a minha alma, sem motivo pra existir
Já não suporto esse vazio quero me entregar
Ter você pra nunca mais nos separar
Você é o encaixe perfeito do meu coração
O teu sorriso é chama da minha paixão
Mas é fria a madrugada sem você aqui,
Só com você no pensamento

Eu corro pro mar para não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz

Meu ar, meu chão é você
Mesmo quando fecho os olhos
Posso te ver

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci o meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar


Composição: D'Black / Felipe Zero

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Saudade demais!



Olhos... amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática. É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo. É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tao esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior. É lua nova, é a estrela mais
brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.

Infelizmente você não tem 7 vidas

Meu melhor presente



Eu nunca pensei que eu poderia sofrer assim
E todo dia que a vida passa eu desejo
Que "eu possa conversar com você um pouco"
Eu sinto saudade, mas tento não chorar enquanto o tempo passa
E é verdade que você alcançou um lugar melhor
Mas eu daria o mundo para ver seu rosto
E estar perto de você
Mas parece que você foi muito cedo
Agora a coisa mais difícil é dizer adeus


Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.


Milton Nascimento

Nunca nos separaremos



Não vou deixar nem a morte nos separar meu amor.
Que saudade enorme. Meu peito parece que vai explodir

Meu Tudo



"Coisas do passado são alegres quando lembram novamente as pessoas que se amam"


Qualquer dia amigo a gente vai se encontrar...

Não é justo



Amo você minha vida!

Adeus, amigo.


Acordei hoje pensando que era sonho mas não era. Você se foi realmente.

Fico pensando quem será meu primeiro abraço da manhã, meu último beijo da noite.
A saudade de você é grande demais, não consigo parar de pensar em você um minuto, nem dormir.
Você foi meu meu melhor relacionamento. Me aturou 14 anos. 14 anos de Fabyola de tudo enquanto é jeito não é fácil! Eu me casaria com você se desse rs...

Luppy, ontem olhei pro céu e vi uma estrela linda.
Acabei vendo seus olhos nela. Estou chorando agora. Não sei até quando vou aguentar essa fase ruim que você acompanhou.
Quem vai ser meu travesseiro na insônia? Quem vai ser meu confidente? Quem vai ser você pra mim? É injusto. Acho que não mereço isso. Perder você é demais.
Eu amo você numa dimensão infinita. Nunca vou conseguir te esquecer. Não quero outro cachorro nem nada.

Como vou viver sem você? Como vou olhar pra sua casa? Quem vai ser o primeiro a me receber quando chego em casa? Nunca vou me perdoar por ter vindo me tratar aqui em BH e te deixado ai. Tenho certeza que você sentiu a minha falta. Você moprreu por minha causa, mas me perdoe.
Daqui eu fiz tudo que pude. Você sabe disso não sabe?
Você virou meu anjo da guarda agora, todas essas lágrimas que agora caem são suas, e tenho certeza que um dia a gente vai se encontrar.

Mas como? Como viver sem você incomodando o churrasco lá de casa, pedindo tudo que eu estava comendo? Pra quem eu vou jogar um biscoito todas as manhãs? Quem vai ouvir minhas dores de cutuvelo? Minha vida sem você, não é vida.
Nunca imaginei perder você. Não estava preparada pra isso agora.Me pergunto se te dei todo o cuidado necessario e um remorso enorme me corroe das manhãs de sábado que não passeei com você.

Você foi minha luz. De onde estiver, me olhe por favor, não me deixe sozinha meu filho, amigo e tudo.
Ainda vou escrever muito pra você. Peça algum anjinho pra traduzir pra você. Aliás, traduzir nada, a gente se entendia só de olhar. Peça algum anjinho pra cuidar de você, de dar água, comida tudo certinho. Como vou viver sem você?

Ainda não caiu a ficha.Ainda não engoli direito essa história.

Quem vai pular no meu colo?
Quem eu vou ter que proteger? Quem vai precisar de mim agora?

A gente ia pra Fortaleza juntos, você ia ser meu padrinho de casamento. A gente ainda tinha rantos planos. Não é justo. Quem vai sofrer junto comigo e sorrir junto comigo? Separei algumas músicas que serão nossas, mas a que se encaixa melhor é a tipica "Canção da América", do Milton.
Me sinto sozinha, perdida. Se você virou um anjo mesmo, fique sempre ao meu lado. Mandei fazer lembrancinhas com suas fotos. Daqui a pouco ficam prontas.

Sempre vou te manter informado. E quando a saudade apertar eu te escrevo alguma cartinha. Sei que você vai receber.

Amo você minha luz.
Sua Fafá


É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais

Quando eu lhe dizia
Me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também
Só que você foi embora...
Cedo demais!

Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer...

Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...

É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais!
E cedo demais...

Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer

Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste mundo
O verão acabou.

Cedo demais!


Renato Russo

sábado, 10 de julho de 2010

Vá em paz meu amor!




Que saudade Lu...ainda não acredito. Sei que é um pesadelo e amanhã eu vou acordar e vai voltar tudo ao normal. Sonhos ruins são assim. A gente custa acordar

LUTO - LUPPY TE AMO


Nunca acreditei que um dia eu iria dizer adeus à você meu amigo.
Você decidiu ir hoje e quem sou eu pra impedí-lo. A dor no peito é forte demais.
Parece que vou morrer de chorar, de tristeza.
Sei que você está num lugar melhor. Espero que saiba que eu fiz tudo que pude por você meu amor. Pena eu ter adoecido logo agora que você mais precisava de mim e não poder ter ficado ao seu lado. Não me perdoarei nunca.
Você foi meu filho, meu amor, meu tudo.

E agora será meu anjo. Minha Luz. E ainda Meu tudo.
Eu não aceito te perder. Tá dificil demais.

Vá em paz meu amigo.
Luppy, eu te amo, e nunca ninguém ocupará no meu coração o lugar que é seu.
Sei que lutamos juntos pela sua vida. Mas tem coisas que parecem que são maiores.

É dificil demais dizer adeus a 14 anos de amizade sincera.

Vá com os anjos meu amado. E se sentir saudades pede papai do céu pra você voltar. Por Favor. Porque eu já estou morrendo.

Queria escrever algo melhor, mas no momento meu melhor é esse.

Eu te amo meu anjo.

Sua Fá que espera anciosamente o que em que iremos nos encontrar

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sobre relacionamentos...


Hoje, passando na rua ouvi uma música daquelas que não me atraem nem um pouco. Era um sertanejo, e ainda por cima daqueles que te fazem querer se enforcar na hora em que se está sentindo falta de alguém.
Lembrei-me de momentos bons, nos quais essa maldita música estava presente e comecei a pensar em algumas coisas que estava sentindo falta.
Lembrei de um amor, de um tempo bom. Lembrei de como ele tirava o cabelo do meu rosto enquanto conversava comigo. Lembrei de como me olhava atento ao fazer a maquiagem pra sairmos juntos e ainda dava palpites comparando com o Photoshop. A base era o efeito “median”.
Lembrei de abraços e promessas de amor eterno que da minha parte eram sim verdadeiros. Ou de quando ficávamos de manhã cedinho no Parque Ipanema, depois de uma noite juntos, olhando o lago e tirando fotos minhas e dos cisnes que passavam. Lembrei de como segurava minha mão enquanto estava dirigindo e de como sabia direitinho o picolé de uva que eu mais amava.
Lembrei dele. Do jeito dele.
Estranho que por mais que estejamos inteiramente de bem com a gente mesmo, um amor quando é de verdade faz falta. Faz falta também não saber do pensamento do outro. É tempo? Ou acabou? Espero ou declaro o luto?
Antes eu tinha vergonha de falar que sofria por amor. Hoje não tenho. Quem nunca sofreu de amor é um ser vazio ou no mínimo orgulhoso. Lembrei de músicas do Nando Reis. Lembrei da barba dele muito bem feita ao vir me encontrar. E digo sim, que senti saudades.
Amar não é fácil. Cada amor que passa em nossa vida é uma nova experiência. Leva e acrescenta muita coisa. E no meu caso, ganhei muito. Ganhei pra mim mesmo. A vontade de melhorar, de me tornar uma pessoa melhor, de me dedicar e de querer ser a melhor namorada veio daí. Por amar. Talvez amar a mim mesma, e dar um pouco deste amor ao próximo.
Já chorei muito. Ainda choro as vezes. Mas é um choro bom. Um choro de dever cumprido. De orgulho de poder dizer “Eu fiz o meu melhor, o resto é o tempo. O tempo e Deus”.
Incrível como as coisas fluíram bem quando decidi entregar tudo nas mãos Dele. Além de cicatrizar meu coraçãozinho, meu deu um presente enorme que mais tarde contarei o que é. Merece um texto super especial isso.
Escrevi isto mesmo pra desabafar. Um relacionamento é feito por duas pessoas. Uma só lutar sozinha é impossível. Lembro uma vez que implorei “Me ajuda”, e fui praticamente ignorada. Também o contexto não ajudava. Mas isso doeu.
Eu nunca tive escudos. E acho que nem se tivesse usaria contra uma pessoa que digo que amo. Mas cada ser é único. E essa diversidade é que faz um encontro ser interessante.
Achar uma alma gêmea não é fácil. E quando você pensa que achou e depois vê que talvez pode não ser aquilo, é dolorido.
Mas não tenho vergonha. Amei, amo e me sinto completa. Estou disposta a esperar pois passamos pela pior fase da nossa vida juntos há pouco tempo. Respeito isso. Surtei no inicio? Claro! Sou mulher ora bolas...
Pensar em achar outra pessoa que te conhece bem, conhece seus gostos, seu corpo, suas manias, eu não penso. Acho que isso faz parte do que definimos “amor”.
Mas digo também sem titubear, que se antes um relacionamento era essencial para a minha sobrevivência, hoje é um complemento. Muito importante, mas um complemento.
O essencial sou eu. Sou eu me sentir bem comigo mesma e além disto, me bastar. E isto eu estou conseguindo. Hoje me amo acima de tudo. E quero alguém que me complemente. Por isso espero. Sem ansiedade, sem medo.
Me amo demais para ter que parar minha vida como já fiz tantas vezes.
O dia que minha metade aparecer, estarei esperando. Metade não. Um terço.
Um terço sou, e o restante Deus, que neste momento mais difícil, tem sido meu melhor relacionamento.

Fabyola Gleyce

domingo, 4 de julho de 2010

Livro velho, na estante

Peguei na estante
Um livro empoeirado,
Já gasto e velho pelo tempo
E por mera curiosidade,
O abri de forma aleatória.
A página aberta foi a oito
E as palavras, escritas em português arcaico
Dificultavam a leitura.
Reparei que, o restante do livro
Era composto por páginas brancas,
Como se esperassem serem escritas.
Soprei a poeira, e um pedaço de papel
Velho e rasgado veio ao chão.
Com a ajuda de uma lupa,
Consegui ler apenas um trecho,
O qual transcrevo agora
Talvez não sendo tão fiel a realidade:
“...entreta-te da razão
e não preocupe-se com as páginas brancas.
Elas são suas, e as já escritas
Não são nada além de seu passado.
Esqueça paixões que exaltam a voz
Ou invejas que dão movimentos demais aos olhos
Elas servem para lhe encher o livro apenas.
Nada além disso.
Sua vida é feita assim,
Como este velho livro.
Cheio de páginas brancas
Algumas preenchidas, outras não.
Lembrar-te-á de mim depois,
Sem que minha lembrança te fira
Pois nunca fostes nada além de uma criança.
Porque as páginas deste velho livro
Contém sim, alguma sabedoria
que mais tarde saberás como usá-la
mas este amontoado de folhas, em si,
nada mais é que um velho livro
numa estante.”

Fabyola Gleyce

Vivendo apenas o hoje


Hoje acordei me sentindo uma super-heroína. Acordei bem, feliz, disposta a pintar metade do mundo com alguma cor alegre, pois assim estava meu estado de espírito.
Fomos visitar minha tia-avó, depois de muito decidir o que fazer. Andar à toa, ir em Igarapé, ou ir à casa da minha tia Clarisse?! Bom, tínhamos também a opção de ir ao shopping comer comida japonesa, mas como minha avó não é fã, deixamos pra ir durante a semana mesmo. É até ótimo isso porque aí todas as lojinhas do centro vão estar abertas!!! Oba! Bater perna vai ser ótimo!
Decidimos ir à casa da tia Clarisse mesmo, era aniversário dela, e sinceramente, tanto eu quanto minha vó não esperávamos ficar lá por mais de 1 hora.
Como pagamos língua! Que família maravilhosa tenho, meu Deus! Onde esse povo estava escondido?! Ou quem estava escondida era eu? Vai saber...
Sei que em poucas horas tive uma verdadeira aula de culinária. Minha tia Clarisse é uma doceira profissional, e a filha dela faz verdadeiras obras de arte com chocolate. E eu que já estou metida à trocar até salto de sapato, trouxe algumas folhas de papel chamex com receitas que –Meu Deus! Obrigada por ter feito o chocolate! E como se não bastasse, minha avó Rosa levou uma enorme vasilha de arroz doce com canela! Santo Deus!
Minha prima fez um super bolo, torta, pão-de-ló ou sei lá o quê de chocolate que era sinceramente obra de outro mundo. E eu? Peguei a receita é óbvio! Aprendi a fazer trufas, ovos de páscoa com a casca recheada, consegui alguns dos mais secretos segredos (achou redundante? Bem, o texto é meu..rs) culinários que você pode revirar o GOOGLE de pernas pro ar que não vai achar! IIIII....bem feito! Brincadeira! Quem me conhece sabe o quanto eu amo cozinhar (não que saia algo que preste, mas o último yakissoba fez sucesso...ou meus amigos são muito gentis comigo – sempre tem essa hipótese neh?!), e um dia desse arrisco sim a fazer a torta de pão-de-ló com mousse de chocolate pra algumas pessoas especiais. Não...não é a mesma receita do GOOGLE. É a minha receita! E de tradição familiar...não adianta mesmo procurar...
Hoje vi que temos muito de nossa família em nós. Descobri que essa minha prima que é o gênio do chocolate, também tem um vício igualzinho o meu: VICIADASSA NO JOGATINA.COM! Dá pra acreditar? Um dia desse aí dormi pensando se era melhor ter descartado o As de copas ou o três de espada, ou algo assim...
Sei que cada dia que passa eu aprendo amar ainda mais a minha família. E que família! Parece que agora estou aprendendo este conceito na íntegra, na prática mesmo. Estou vivenciando o conceito “Família”. E como é bom!
Tenho que agradecer a Deus todos os minutos por estar me concedendo isto, coisas simples que estão me fazendo melhor que qualquer terapia.
Digo sem dúvida que meu crescimento pessoal foi de 1 a 89% em pouquíssimos dias.
E quanto ao bolo de chocolate? Preocupem não...é promessa! De uma Fabyola renovada, magrela (nem tanto), mas que está se tornando uma pessoa limpa por dentro.
Limpa, renovada e que aprendeu a se amar muito.
Só tenho que agradecer.
Obrigada Deus por tudo!

Fabyola Gleyce

Tia Fafi


Ontem foi um dia importante. O dia em que conheci uma pessoa que até então só estávamos próximas por telefonemas. Minha Tia Fafi.
Que emoção! Havia anos que cultivávamos uma amizade linda por telefone apenas. Ela é casada (agora é divorciada) com o irmão Márcio do meu pai biológico. E que exemplo de pessoa. Muito mais carinhosa que meu próprio pai que deposita a pensão por mim todo mês e pronto.
Telefonemas prá lá e prá cá (ainda bem que ela tem o abençoado chip 31 anos) até chegar o dia tão esperado dia. Iria conhecê-la naquele dia!
Me arrumei toda. Tive gosto em me maquiar, escolher uma roupa bonita e ir. Eu e dona Rosa, a melhor motorista que conheço aqui dentro de BH.
Depois de muito pedir informação, conseguimos achar o bairro. Coincidentemente, paramos para perguntar sobre a rua a uma mulher que estava parada feito um dois de paus lá. Estávamos na rua certa e o melhor: já em frente ao prédio número 60.
Tocamos o interfone e lá do alto ela já gritou: “Minha sobrinha!”. Segurei pra não começar a chorar no portão mesmo. Entramos e ela me deu um abraço que sinceramente, nunca esquecerei. “Ah tia....me dá outro...”
Tinha feito uma arte pra ela e mandado revelar, como fiz com minha avó, e fiquei tão feliz quando ela colocou em lugar de destaque na sala, me dizendo que estaca emocionada. Ela tinha feito um super bolo de cenoura com chocolate e guaraná que estava fantástico.
Não dava vontade de soltar minha tia. Achei ela linda. Branca com a pele muito bonita. Conversamos até não poder mais, e não dava vontade de soltá-la. Era abraço toda hora, e ela já me garantiu que tem um cantinho lá que é só meu quando eu for pra ficar.
Pena foi não conhecer meus primos tão queridos Diego, sua esposa Priscila e Fabiana. Mas eles estão no meu coração e espero que saibam disso.
Família não é aquela que dorme e acorda com você todos os dias. É aquela que você guarda no coração independente da distância.
O nível de amor e carinho que estou recebendo junto deles, está sarando uma ferida dolorida demais que eu carregava aqui dentro.
E sinceramente? Nem dói mais!

Fabyola Gleyce

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Os sapateiros não me escapam...

Depois do texto do Luppy, fiquei sem ter o que fazer. E resolvi escrever sobre os sapateiros.
Gente sabe quanto custa aquela borrachinha que a gente manda por no sapato quando acaba? 1 real...isso mesmo 1 REAL o par! Em qualquer casa de sapateiro acha, e de todas as cores.
E a gente paga 6 reais! Ou seja...hum... lucro de 500% fácil! Acho que nem a porcentagem de lucro da Arcellor chega a tanto.
Hoje decidi que vou virar sapateira dos meus próprios sapatos. E eu ensino!
O que me irrita nos sapateiros é só uma coisa: o risinho de lado, o olhar arregalado e a famosa fala “ é....isso aqui é complicado”. Eles fazem um ar de mistério que pelo amor de Deus! Aqui do lado de casa tinha um que se eu falar ninguém acredita, então escrevo. Acho que ele passava oléo de peroba no meio da cara pra sair na rua, porque só podia ser de pau. Levei alguns sapatos pra ele consertar, e ele simplesmente pegou um pedacinho de borracha preta e colou com super-bond (ou algo parecido)! O resultado? Um tombasso meu é lógico! E n meio da rua...
Bem...vamos lá! Quando a borrachinha acaba (no meu caso eu deixo até aparecer o parafusinho mesmo rsrs...falta de vergonha né?!), pegue um alicate desenrosque o parafusinho e voilà! Enrosque o novo com o mesmo alicate. Se ficar sobra dos lados, corte com uma faca dessas de cozinha mesmo. E pra dar o acabamento óóóó....aí tá o mistério que eles não revelam! Uma lixa de unha daquelas bege. Use do lado grosso e já era! Um sapato novo em menos de um minuto.
E quanto você gastou? 1 REAL e 1 minuto! Sem falar que tem vez que eles deixam o nosso sapato lá mofando uns 18 dias falando que ainda não ficou pronto.
Respeito demais a profissão dos sapateiros. O que seria de nós sem eles NOS CASOS COMPLICADOS! Mas um lucro de 500% em cima de nós trabalhadores humildes que estamos no meio de uma crise econômica daquelas, é demais!
Estava até pensando em montar uma sapataria pra mim, mas acho que depois disso aqui, ninguém iria aceitar eu cobrar mais que R$1,50 não! 1 real da borrachinha e 50 centavos de mão de obra...

Fabyola Gleyce

Relacionamento

Perfeição
Apoio
Confiança
Alegria
Riso
Dúvida
Indiferença
Sofrimento
Quebra
Ofensa...
Existe alguma novela com capítulos mais imprevisíveis que não seja a vida?
Ou existe algum remédio que fornece o efeito perfeitamente indicado na bula?

Fabyola Gleyce

Eu e meu Luppy


Acho que antes de começar a escrever, faço uma pergunta talvez apenas para mim mesma: Existe no planeta algum ser que respire que te faça se sentir especial todos os dias e todas as horas e minutos?
Se a resposta pra maioria foi “Não”, eu digo o contrário.
Existe. E no meu caso ele se chama Luppy. Meu Luppy.
14 anos, quase 15. Pêlo dourado com algumas partes pretinhas, e mais ou menos uns 40 cm. 8 kg. Agora está mais magro um pouco. Ah! E peludo...muito peludo.
Come de tudo, mas tudo mesmo! Principalmente comida de gente. Carne, biscoito, todas as frutas, acerola, tomate, pipoca, cebola, cenoura e por ai vai...o preferido dele é wafer, e de chocolate.
Já escrevi mil coisas sobre ele antes mas este é o primeiro que escrevo detalhadamente sobre o que ele significa pra mim. Ele é o filho que nunca tive.
Ele é o amigo que está ali 24 horas disposto a brincar. E se estiver dormindo, é só jogar uma bolinha perto dele que ele acorda instantaneamente.
Eu e ele temos uma ligação fora do comum. Algo meio que sobrenatural. Ele adoece quando eu adoeço. Ele pára de comer quando perco a fome, e só volta a comer quando eu, e apenas EU, pego um pouco de comidinha e lhe dou na boca.
O Luppy representa a minha família. Ele é um pouco de mãe quando me abraça todas as manhãs (não que a minha faça isso). Ele é um pouco pai quando fica com ciúmes de algum namorado que tenho e vira as costas como se indicasse que não quer papo “Cuidado com ela!”. Ele é psicólogo 24h, que me escuta a qualquer hora do dia ou da madrugada, mesmo pingando de sono. E é um travesseiro peludo quando preciso apenas deitar em cima e chorar.
Luppy já enfrentou de tudo. Uma vez quase afogou quando eu tinha uns 7 ou 8 anos e estávamos na roça. Estávamos andando sobre uma ponte e eu escorreguei e cai no rio. Mesmo eu pedindo pra ele ficar e não pular, ele pulou e veio em minha direção. Tão pequenininho e disposto a salvar a minha vida. Isso pra mim não tem preço.
Quando ficou mais velho, foi envenenado. Ficou em “coma” por um bom tempo, e todos mandaram sacrificar. Lembro que meu pai já tinha um amigo que faria o “serviço” usando um 38. Não agüentei ouvir isso. Como eu era criança ainda, peguei uma foto dele e todos os dias pedia a papai-do-céu que o curasse. Ele era meu melhor brinquedo! Lembro que liguei chorando pro veterinário e pedi uma dica, uma luz que fosse, e ele me mandou dar leite, muito leite. Mas ele já não comia nem bebia. Comprei uma seringa enorme e injetava leite direto na boca dele. Assim ele sarou.
No início deste ano, a glândula perianal dele estourou. Meu Deus que tristeza! Com o diagnostico errado do veterinário, foram 4 dias dormindo ao lado dele.
Ele chorava como um bebê, como se me chamasse. E eu? Ficava lá de plantão a noite toda, passando a mão na barriguinha dele. Não que isso o tirasse a dor, mas o ajudava a vencer a agonia. Conseguimos tratá-lo com um veterinário que mais parecia um anjo. Depois foi só a medicação. 4 comprimidos por dia. E um spray e soro fisiólogico pra ferida fechar.
Hoje chegou minha vez de adoecer. Fiquei internada alguns dias, os quais foram os piores da minha vida. Quando sai do hospital, fui direto ao encontro dele. E emagreci 2 kg. Ele também. Estava fininho, parecia que só tinha pêlo. O pessoal lá de casa disse que ele não comeu enquanto eu estava fora. E quando cheguei em casa, a cena foi até engraçada: ele veio, pulou em mim, abraçou e beijou muito, e depois foi correndo pra vasilha de comida dele, onde comeu uns 5kg de ração direto rsrs...
Devido às circunstâncias, tive que viajar pra Belo Horizonte, pra acabar de me recuperar tanto fisicamente quanto psicologicamente. Depois de 3 dias veio a notícia: ele não estava comendo. E quando tentou comer algo, o dentinho dele caiu. Já mandei fazer um pingente pra mim.
Voltei de BH e foi a mesma cena. Beijos, abraços e comida!
Hoje ele adoeceu de novo. São exatamente 2:44h da manhã, e estou aqui ao lado dele digitando esse texto. A ferida dele se abriu de novo, e como a dor é grande ele chora. Quando está comigo não. Começou a sangrar de novo e a chorar de um jeitinho diferente.
Eu peguei ele no colo e disse: “Filhinho, a mamãe está aqui com você. Não vou te deixar sozinho de jeito nenhum, mas te peço pelo amor de Deus que não me deixe agora, eu não agüento. Você tem que se manter firme pra poder cuidar de mim, até eu sarar meu amor. A mamãe está aqui com você.”
Quando acabei de dizer isso, ele adormeceu feito uma criança, feito a minha criança, e eu agora voltei a digitar. Não vejo a hora de dar 8h da manhã pra ligar pro Dr. Hebert. São 3:30h agora.
Sei que Deus sabe que não agüento a morte dele. Dizem que Ele não nos dá um fardo maior do que agüentamos, mas sinto que já estou passando do limite.
Luppy perde o sono quando eu perco. Ele conhece meus passos. Ele sabe quando desconto alguma raiva nele e me perdoa em seguida. Da mesma forma que estoura comigo e eu também o perdôo.
Ele sente que o amo além de tudo neste planeta. Sabe que é meu neném, meu amor, meu confidente, meu tudo. Sabe que eu o protejo de secador de cabelo, foguete, liquidificador e tudo que faz barulho assim.
Exagero? Que se foda quem acha isso.
Parece que estou com o peito inflado como um balão. Olho pra ele e ele olha pra mim como se dissesse que não iria me deixar. E POR FAVOR NAO ME DEIXE!
Amo meu Luppy, e sei que ele me ama. Nossos corações de alguma forma estão ligados e enquanto eu tiver força, eu fornecerei algumas batidas do meu pra ele.
Peço a Deus que leve um pouco destes pesadelos embora agora. Só neste instante. Ele sabe do que estou falando. Minha vida em geral encontra-se embaralhada. Sempre fui uma pessoa forte demais e meu Luppy também.
O reflexo dele é um dos melhores que já vi. A gente brinca de futebol, eu chuto a ração pra ele é o meu melhor goleiro. Não deixa eu fazer um gol.
Quando tem alguma cachorrinha no portão o chamando, eu o espero ir. Ele chega no meio do caminho e eu o chamo. Sabe o que ele faz? Volta, volta pra mim. A fidelidade dele é algo incrível, e sei que daria a vida por mim.
Se ele pudesse falar algo, tenho certeza que falaria “Biby (é assim que ele me chama), eu não vou embora agora. Ficarei com você, pois sei que você está precisando. Ainda vou fazer alguns aniversários ao seu lado, te ver formar, ser seu padrinho de casamento já que você me prometeu isso e ver você ter seu primeiro filho... Aí sim, será hora de você me deixar partir”

Fabyola Gleyce

Desabafo apenas

Hoje uma lágrima
Rolou pelo meu rosto
E me convidou a escrever algo.
Meu peito parecia explodir,
E eu não conseguia gritar.
Por que dizem que o amor é uma coisa boa
Se só traz tristeza?
Por que as coisas acontecem numa intensidade sobre-humana
Não nos dando chance de defender?
Por que os remédios não fornecem o efeito indicado?
Parece que estou com uns 500kg nas costas
Acho Deus se esqueceu e me deu um pouco de fardo a mais.
Deus, se lembre de mim ai em cima!
Só por um minuto...

Fabyola Gleyce

domingo, 27 de junho de 2010

Felicidade se chama Rosa


Acabei descobrindo a felicidade extrema em apenas 8 dias.
Felicidade é comer um pão de sal quentinho de manhã.
Ou esquentar o de ontem com queijo....
Felicidade é ficar horas e horas ao lado de uma pessoa tão querida como minha avó Rosa.
É falar bobeira, é ir no sacolão e escolher as coisas pra fazer o almoço.
Felicidade é ver ela cozinhar enquanto enquanto eu ralava a cenoura e a beterraba num daqueles ralos de metal! Ô coisa boa!
Felicidade é pegar aquele cobertor com cheirinho de amaciante e me aninhar no sofá pra ver um filme. É ir pra feira hippie, ir em todas as barracas e depois voltar correndo pra ver o jogo da seleção.
Felicidade é se eu perder o sono, eu ir pro quarto dela e abraça-la, igualzinho uma criança. É não precisar ser adulta perto dela.
Felicidade é poder conversar, desabafar sem pré-julgamentos, porque ela me entende como ninguém. É ter alguém pra ouvir minhas poesias e chorar durante algumas delas.
Felicidade é ver ela chorar de soluçar de alegria quando fiz um daquelas artezinhas de photoshop, revelei, coloquei no porta- retrato e dei a ela de presente. É ver ela sorrindo a toa, independente do momento.
Felicidade é me maquiar e maquiar ela também, só pra gente andar por todas as lojas de BH pra experimentar roupas. E ficar super feliz quando encontra um chinelinho de dez reais. Felicidade é ter alguém que saiba suprir sua carência, que fique do seu lado no momento que você mais precisa.
É ter uma mãe, uma avó e uma amiga sempre te prontidão pra você.
É comer o frango com quiabo que ela faz, ou o macarrão com sardinha que é o melhor do mundo. Felicidade é poder escolher o que quero comer no almoço, jantar e café.
E quando chega a hora de dormir, ter um quarto lá escuro, limpinho, com lençóis limpos e travesseiros confortáveis. Só pra mim!
Felicidade é ter uma avó que se chama Rosa, porém sem espinho algum! É ter uma avó como a minha, a quem nunca poderei agradecer o que fez e está fazendo por mim.

Vó, amo você!

Fabyola Gleyce

Alguma lembrança

Achei ontem
uma mancha vermelha
escorrendo no chão.
Assustada, percorri meu corpo com as mãos
verificando algum ferimento.
Não havia nenhum.
Era apenas o esmalte vermelho
Que escorria
O qual outrora comprara
Para te agradar.

Fabyola Gleyce

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um exército de Barbies

Quando eu nasci,
Um anjo narciso, parecidíssimo com o Clodovil
Desses que vivem frente ao espelho,
Disse: “Vá Fabyola, ser Barbie na vida.”
Contrariando a vontade do anjo, cresci contra a ditadura da beleza.
Coitado dos meus seios! Não tem e nunca verão silicone.
O que faço no máximo por eles, é colocar um sutiã de enchimento vez ou outra!
Ah anjo vaidoso...
Desculpe-me mas meus 60cm de cintura continuarão assim.
A gravidade ainda não afetou meu bumbum, então ele ficará como está.
Se eu perguntasse o clássico: “Espelho, espelho meu blá blá blá...”, ouviria quase que automaticamente e em um tom bem gay: “Minha filha acorda! Nem precisa ligar a TV não! Olha aí do seu lado que montanhas de Barbies recém saídas de fôrmas cujo corpo é uma verdadeira obra dos deuses! Quer comparar o seu sutiã 36 com o 48 delas? Tenha dó minha querida!”
Meu anjo narciso quebrou a cara comigo. Odeio plásticas, odeio cabelos falsos e odeio anorexia.
Maquiagem? Calma aí! Ninguém é perfeito! Tenho inclusive ficado íntima de Kaká Morais atualmente... comprei até um curvex! Se sei usar? Não...mas tenho.
Quando escrevo essas baboseiras, escrevo visando dar uma cutucadinha na indústria da beleza. Indústria esta que nos escravizam, nos piram. Pra que copiar o padrão de beleza americano e nos inflar com litros e litros de silicone?
Por que arriscar a vida numa mesa de cirurgia para remover 2cm? Pra que correr o seriíssimo risco de perder a visão fazendo uma plástica para mudar a cor dos olhos? Sim... isso não é coisa de outro planeta. Já chegou aqui na Terra, e dizem por aí que existe muito marciano assustado com isso.
Ah anjo narciso. Perdoe-me você, mas eu sou uma bela brasileira abençoada por Deus e bonita por natureza!
Diz-me anjo, qual a graça de ter apelidos como Melancia, Melão, Jaca e sei lá mais o quê? Repare bem: de grossa só tem a casca! Experimente deixar o conteúdo dessas frutas exposto por um tempinho só. Estraga, apodrece! Nem pra salada de fruta serve mais!
Tenha dó mídia televisiva, dessas pobres mortais que vendem até a alma objetivando bancar uma cirurgia para encher os olhos desses pênis-expectadores!
Como disse Jabour certa vez, essas mulheres fabricadas são feitas para olhar. Elas possuem estampadas no meio da testa a ilusão de sexo fácil, de um orgasmo transcendental. Elas te dominam –pela TV! No mundo real são mulheres narcisistas que se afogam facilmente no próprio reflexo só olhar mais que três segundos pra ele. Na maioria são mulheres sem conteúdo (INTERNO, porque no externo, só de espirrar já sai silicone.).
São mulheres que respondem à um simples “Bom dia” com palavras como “Meu...preciso botar uma prótese maior”
E os homens não escapam. Não sei que onda é essa pseudo-fisiculturista que vem se expandindo a todo vapor e que muitos adolescentes tem se aderido.
Certa vez vi um cara se preparando para uma apresentação fisiculturista. Só tinha corpo! Nem capacidade pra sem arrumar sozinho tinha. “Amor, você já preparou meu bronzeado falso para o meu corpo ficar brilhando? Mas cuidado para não manchar minha pele hein...”
Ah pro inferno! Por que um brutamontes desses não esfrega semente de urucum no corpo? Pra mim o efeito seria o mesmo: UMA MERDA!
Gostaria de saber onde se encontram nossos homens e mulheres de verdade. Será que foram raptados pelos marcianos? Quando é que esta esteira que gira em direção a máquina de assar Barbies e Kens vai parar?
A beleza natural perde um espaço significativo à medida em que o tempo passa e conforme somos bombardeados com outdoors e revistas com imagens de Apollo e afins.
E se repararmos bem (aliás, nem precisa reparar tanto assim), esse tipo de indústria é extremista. Ou você segue a linha 300ml em cima de 1 litro embaixo, ou morre de anorexia.
Meu peso? 48Kg com orgulho, sutiã 36 em dias normais e 38 na TPM. Uso maquiagem, e quando a gravidade começar a agir sobre mim, posso até pensar em dar uma ajeitadinha aqui ou ali desde que isso seja jeito para melhorar minha auto-estima.
Falando nisso, uma última dúvida: Por que não existem plásticas de preenchimento de auto-estima? Ah...que isso seja assunto para outro dia.

Fabyola Gleyce

Quando os fantasmas não calam

22h.
Mais o término de um dia terrível e percorro ansiosamente o percurso até o local onde minha rotina diária deveria encerrar-se: minha cama.
Coloco uma roupa leve, penteio os cabelos e me lembro que não troquei o lençol hoje.
Pacientemente, troco o lençol, coloco fronhas limpas e espero que meu relógio biológico se desligue.
23h e o sono não vem.
Algo me incomoda. Ah sim! A vizinha mais uma vez esqueceu a luz da varanda acesa, e esta –Meu Deus!- vem direto aos meus olhos. Fácil! Pego minha venda preta e a coloco. Agora sim eu pego no sono.
O relógio dá mais uma volta. Meia-noite. E eu começo a ouvir alguns ruídos no meu quarto. Aiaiai...ainda avisei a minha mãe para chamar o dedetizador. Deixa... amanhã resolvo isso. Lembro do tapa-ouvidos que meu pai trouxe de presente da usina pra mim. Aliás, um dos melhores presentes que já recebi. Coloquei-os.
Pronto! Agora sim, eu posso dormir em paz. Ambiente escuro, lençóis limpos, ausência de ruídos. Perfeito.
Na expectativa de mergulhar em um sono profundo, esqueço-me completamente de como minha serotonina implora para ser reposta. Começa-se então um tic-tac sem fim.
Onde encontro esse maldito relógio? Um teatro infernal começa a surgir. Ouço algum choro ao longe. Não reconheço a voz. Começo a me lembrar de detalhes sem importância. Abracei meu cachorro hoje? Meu desktop está uma bagunça! Tenho que aprender a formatar um Mac.
Será que se eu tivesse descartado o três de copas ao invés do As de espada, eu teria batido? Nossa... tomei o remédio na hora errada.
Nesta noite insônica, meus fantasmas não calam.
Deus, pare meu cérebro, eu quero descer...

Fabyola Gleyce

Eterno Luto...

A superação vem aos poucos.
A saudade martela.
A superação vem como
As águas calmas e às vezes turbulentas
De um rio.
Dá voltas, contorna pedras
Até se desembocar
No mar da serenidade.
A saudade dói.
Sinto meus olhos
Preenchidos com a areia
Do meu próprio caminho.
Perder alguém que se ama
Não é fácil.
Direcionar a vida para outro planos
No início é impossível.
Mas o rio dá voltas.
A vida também.
A minha estrela brilhará pra sempre
E este será um luto eterno.
Mas a superação
Já está à chegar.
Uma vez falei que a felicidade
Era feita apenas para alguns.
E eu não me incluía.
Hoje vejo, embora ainda embaçado,
Que talvez a minha já esteja ao lado,
Basta eu secar os olhos
Para poder enxergar melhor.

Fabyola Gleyce

(À todas as palavras de carinho que recebi,
o meu muito obrigado, perdoem-me apenas
por não poder retribuir.)

Vivendo mais um dia...

Antes de começar escrever já prevejo que este vai ser mais um texto chato, sem nexo e apenas de interesse meu. Bem...como não obrigo ninguém a ler nada...
Ok,ok. Vou fingir que não tenho nenhum leitor e escrever o que bem me entender –como sempre faço.
Tem algumas coisas que eu gostaria muito de fazer ultimamente se eu pudesse.
A primeira delas é tirar umas férias lá na lua. A segunda é espancar São Jorge com uma vara de marmelo e roubar o dragão dele. A terceira é descer com o dragão aqui na Terra novamente e dar umas boas chicotadas nele até que ele ateie fogo em algumas coisas que eu gostaria de queimar e destruir pra sempre.
Acho que depois desse começo é melhor eu mesma descer da lua e voltar pra realidade antes que eu seja abduzida por esse parágrafo acima sem sentido algum.
Ultimamente eu tenho pensado muito em muitas coisas diferentes. Decepção, relacionamento, amizade. Meu Deus! Como seria mais fácil se as coisas fossem levadas na simplicidade em que deveriam!
Houve um tempo em que eu coloquei em minha cabeça que os sentimentos não teriam mais efeito algum em minha vida. Decidi que eles não tinham nada de sólido, logo não teriam mais em minha vida a importância que até então eu estava dando a eles. Decidi que os sentimentos seriam uma espécie de pensamentos, bons ou ruins, mas que passariam como uma nuvem. Então preocupar-se com eles seria mera perda de tempo. E então descobri que os sentimentos existem. E são mais sólidos do que a água quando vira gelo. Mas infelizmente só lembro disso quando estou mal. Já reparou que os momentos ruins demoram mais que os bons, mesmo se tiverem o mesmo espaço de tempo? Coisa chata isso...
As vezes eu queria ser uma gotícula de água. Fácil pra evaporar.
É tanta decepção de tanto lado, que dá vontade de simplesmente sumir, ir embora. Colocar fogo em tudo pra descontar a raiva. É dragão de São Jorge...se eu te pego você está perdido comigo...
Será que pedir um pouco de paz e privacidade ou mesmo paciência, é pedir demais? Em quem eu confio? Será que os tão queridos amigos são seres imaginários? Ai Deus! Poupe minhas palavras e não deixe que esse desabafo cause tanta polêmica... e se causar crucifique-me mas perdoe-me pois não sei o que faço...
Estou vivendo um momento crítico em minha vida. Financeiramente, profissionalmente, pessoalmente, emocionalmente e acho que em todas as áreas da minha vida que possui terminação “mente”.
Já basta minha desilusão amorosa...já basta o coração do Boneco de Lata lá de OZ, que roubei pra mim,mas que não bate nunca. Já basta minha vontade de comer comida japonesa...aiaiai...vai passar, tenho certeza.