segunda-feira, 28 de junho de 2010

Os sapateiros não me escapam...

Depois do texto do Luppy, fiquei sem ter o que fazer. E resolvi escrever sobre os sapateiros.
Gente sabe quanto custa aquela borrachinha que a gente manda por no sapato quando acaba? 1 real...isso mesmo 1 REAL o par! Em qualquer casa de sapateiro acha, e de todas as cores.
E a gente paga 6 reais! Ou seja...hum... lucro de 500% fácil! Acho que nem a porcentagem de lucro da Arcellor chega a tanto.
Hoje decidi que vou virar sapateira dos meus próprios sapatos. E eu ensino!
O que me irrita nos sapateiros é só uma coisa: o risinho de lado, o olhar arregalado e a famosa fala “ é....isso aqui é complicado”. Eles fazem um ar de mistério que pelo amor de Deus! Aqui do lado de casa tinha um que se eu falar ninguém acredita, então escrevo. Acho que ele passava oléo de peroba no meio da cara pra sair na rua, porque só podia ser de pau. Levei alguns sapatos pra ele consertar, e ele simplesmente pegou um pedacinho de borracha preta e colou com super-bond (ou algo parecido)! O resultado? Um tombasso meu é lógico! E n meio da rua...
Bem...vamos lá! Quando a borrachinha acaba (no meu caso eu deixo até aparecer o parafusinho mesmo rsrs...falta de vergonha né?!), pegue um alicate desenrosque o parafusinho e voilà! Enrosque o novo com o mesmo alicate. Se ficar sobra dos lados, corte com uma faca dessas de cozinha mesmo. E pra dar o acabamento óóóó....aí tá o mistério que eles não revelam! Uma lixa de unha daquelas bege. Use do lado grosso e já era! Um sapato novo em menos de um minuto.
E quanto você gastou? 1 REAL e 1 minuto! Sem falar que tem vez que eles deixam o nosso sapato lá mofando uns 18 dias falando que ainda não ficou pronto.
Respeito demais a profissão dos sapateiros. O que seria de nós sem eles NOS CASOS COMPLICADOS! Mas um lucro de 500% em cima de nós trabalhadores humildes que estamos no meio de uma crise econômica daquelas, é demais!
Estava até pensando em montar uma sapataria pra mim, mas acho que depois disso aqui, ninguém iria aceitar eu cobrar mais que R$1,50 não! 1 real da borrachinha e 50 centavos de mão de obra...

Fabyola Gleyce

Relacionamento

Perfeição
Apoio
Confiança
Alegria
Riso
Dúvida
Indiferença
Sofrimento
Quebra
Ofensa...
Existe alguma novela com capítulos mais imprevisíveis que não seja a vida?
Ou existe algum remédio que fornece o efeito perfeitamente indicado na bula?

Fabyola Gleyce

Eu e meu Luppy


Acho que antes de começar a escrever, faço uma pergunta talvez apenas para mim mesma: Existe no planeta algum ser que respire que te faça se sentir especial todos os dias e todas as horas e minutos?
Se a resposta pra maioria foi “Não”, eu digo o contrário.
Existe. E no meu caso ele se chama Luppy. Meu Luppy.
14 anos, quase 15. Pêlo dourado com algumas partes pretinhas, e mais ou menos uns 40 cm. 8 kg. Agora está mais magro um pouco. Ah! E peludo...muito peludo.
Come de tudo, mas tudo mesmo! Principalmente comida de gente. Carne, biscoito, todas as frutas, acerola, tomate, pipoca, cebola, cenoura e por ai vai...o preferido dele é wafer, e de chocolate.
Já escrevi mil coisas sobre ele antes mas este é o primeiro que escrevo detalhadamente sobre o que ele significa pra mim. Ele é o filho que nunca tive.
Ele é o amigo que está ali 24 horas disposto a brincar. E se estiver dormindo, é só jogar uma bolinha perto dele que ele acorda instantaneamente.
Eu e ele temos uma ligação fora do comum. Algo meio que sobrenatural. Ele adoece quando eu adoeço. Ele pára de comer quando perco a fome, e só volta a comer quando eu, e apenas EU, pego um pouco de comidinha e lhe dou na boca.
O Luppy representa a minha família. Ele é um pouco de mãe quando me abraça todas as manhãs (não que a minha faça isso). Ele é um pouco pai quando fica com ciúmes de algum namorado que tenho e vira as costas como se indicasse que não quer papo “Cuidado com ela!”. Ele é psicólogo 24h, que me escuta a qualquer hora do dia ou da madrugada, mesmo pingando de sono. E é um travesseiro peludo quando preciso apenas deitar em cima e chorar.
Luppy já enfrentou de tudo. Uma vez quase afogou quando eu tinha uns 7 ou 8 anos e estávamos na roça. Estávamos andando sobre uma ponte e eu escorreguei e cai no rio. Mesmo eu pedindo pra ele ficar e não pular, ele pulou e veio em minha direção. Tão pequenininho e disposto a salvar a minha vida. Isso pra mim não tem preço.
Quando ficou mais velho, foi envenenado. Ficou em “coma” por um bom tempo, e todos mandaram sacrificar. Lembro que meu pai já tinha um amigo que faria o “serviço” usando um 38. Não agüentei ouvir isso. Como eu era criança ainda, peguei uma foto dele e todos os dias pedia a papai-do-céu que o curasse. Ele era meu melhor brinquedo! Lembro que liguei chorando pro veterinário e pedi uma dica, uma luz que fosse, e ele me mandou dar leite, muito leite. Mas ele já não comia nem bebia. Comprei uma seringa enorme e injetava leite direto na boca dele. Assim ele sarou.
No início deste ano, a glândula perianal dele estourou. Meu Deus que tristeza! Com o diagnostico errado do veterinário, foram 4 dias dormindo ao lado dele.
Ele chorava como um bebê, como se me chamasse. E eu? Ficava lá de plantão a noite toda, passando a mão na barriguinha dele. Não que isso o tirasse a dor, mas o ajudava a vencer a agonia. Conseguimos tratá-lo com um veterinário que mais parecia um anjo. Depois foi só a medicação. 4 comprimidos por dia. E um spray e soro fisiólogico pra ferida fechar.
Hoje chegou minha vez de adoecer. Fiquei internada alguns dias, os quais foram os piores da minha vida. Quando sai do hospital, fui direto ao encontro dele. E emagreci 2 kg. Ele também. Estava fininho, parecia que só tinha pêlo. O pessoal lá de casa disse que ele não comeu enquanto eu estava fora. E quando cheguei em casa, a cena foi até engraçada: ele veio, pulou em mim, abraçou e beijou muito, e depois foi correndo pra vasilha de comida dele, onde comeu uns 5kg de ração direto rsrs...
Devido às circunstâncias, tive que viajar pra Belo Horizonte, pra acabar de me recuperar tanto fisicamente quanto psicologicamente. Depois de 3 dias veio a notícia: ele não estava comendo. E quando tentou comer algo, o dentinho dele caiu. Já mandei fazer um pingente pra mim.
Voltei de BH e foi a mesma cena. Beijos, abraços e comida!
Hoje ele adoeceu de novo. São exatamente 2:44h da manhã, e estou aqui ao lado dele digitando esse texto. A ferida dele se abriu de novo, e como a dor é grande ele chora. Quando está comigo não. Começou a sangrar de novo e a chorar de um jeitinho diferente.
Eu peguei ele no colo e disse: “Filhinho, a mamãe está aqui com você. Não vou te deixar sozinho de jeito nenhum, mas te peço pelo amor de Deus que não me deixe agora, eu não agüento. Você tem que se manter firme pra poder cuidar de mim, até eu sarar meu amor. A mamãe está aqui com você.”
Quando acabei de dizer isso, ele adormeceu feito uma criança, feito a minha criança, e eu agora voltei a digitar. Não vejo a hora de dar 8h da manhã pra ligar pro Dr. Hebert. São 3:30h agora.
Sei que Deus sabe que não agüento a morte dele. Dizem que Ele não nos dá um fardo maior do que agüentamos, mas sinto que já estou passando do limite.
Luppy perde o sono quando eu perco. Ele conhece meus passos. Ele sabe quando desconto alguma raiva nele e me perdoa em seguida. Da mesma forma que estoura comigo e eu também o perdôo.
Ele sente que o amo além de tudo neste planeta. Sabe que é meu neném, meu amor, meu confidente, meu tudo. Sabe que eu o protejo de secador de cabelo, foguete, liquidificador e tudo que faz barulho assim.
Exagero? Que se foda quem acha isso.
Parece que estou com o peito inflado como um balão. Olho pra ele e ele olha pra mim como se dissesse que não iria me deixar. E POR FAVOR NAO ME DEIXE!
Amo meu Luppy, e sei que ele me ama. Nossos corações de alguma forma estão ligados e enquanto eu tiver força, eu fornecerei algumas batidas do meu pra ele.
Peço a Deus que leve um pouco destes pesadelos embora agora. Só neste instante. Ele sabe do que estou falando. Minha vida em geral encontra-se embaralhada. Sempre fui uma pessoa forte demais e meu Luppy também.
O reflexo dele é um dos melhores que já vi. A gente brinca de futebol, eu chuto a ração pra ele é o meu melhor goleiro. Não deixa eu fazer um gol.
Quando tem alguma cachorrinha no portão o chamando, eu o espero ir. Ele chega no meio do caminho e eu o chamo. Sabe o que ele faz? Volta, volta pra mim. A fidelidade dele é algo incrível, e sei que daria a vida por mim.
Se ele pudesse falar algo, tenho certeza que falaria “Biby (é assim que ele me chama), eu não vou embora agora. Ficarei com você, pois sei que você está precisando. Ainda vou fazer alguns aniversários ao seu lado, te ver formar, ser seu padrinho de casamento já que você me prometeu isso e ver você ter seu primeiro filho... Aí sim, será hora de você me deixar partir”

Fabyola Gleyce

Desabafo apenas

Hoje uma lágrima
Rolou pelo meu rosto
E me convidou a escrever algo.
Meu peito parecia explodir,
E eu não conseguia gritar.
Por que dizem que o amor é uma coisa boa
Se só traz tristeza?
Por que as coisas acontecem numa intensidade sobre-humana
Não nos dando chance de defender?
Por que os remédios não fornecem o efeito indicado?
Parece que estou com uns 500kg nas costas
Acho Deus se esqueceu e me deu um pouco de fardo a mais.
Deus, se lembre de mim ai em cima!
Só por um minuto...

Fabyola Gleyce

domingo, 27 de junho de 2010

Felicidade se chama Rosa


Acabei descobrindo a felicidade extrema em apenas 8 dias.
Felicidade é comer um pão de sal quentinho de manhã.
Ou esquentar o de ontem com queijo....
Felicidade é ficar horas e horas ao lado de uma pessoa tão querida como minha avó Rosa.
É falar bobeira, é ir no sacolão e escolher as coisas pra fazer o almoço.
Felicidade é ver ela cozinhar enquanto enquanto eu ralava a cenoura e a beterraba num daqueles ralos de metal! Ô coisa boa!
Felicidade é pegar aquele cobertor com cheirinho de amaciante e me aninhar no sofá pra ver um filme. É ir pra feira hippie, ir em todas as barracas e depois voltar correndo pra ver o jogo da seleção.
Felicidade é se eu perder o sono, eu ir pro quarto dela e abraça-la, igualzinho uma criança. É não precisar ser adulta perto dela.
Felicidade é poder conversar, desabafar sem pré-julgamentos, porque ela me entende como ninguém. É ter alguém pra ouvir minhas poesias e chorar durante algumas delas.
Felicidade é ver ela chorar de soluçar de alegria quando fiz um daquelas artezinhas de photoshop, revelei, coloquei no porta- retrato e dei a ela de presente. É ver ela sorrindo a toa, independente do momento.
Felicidade é me maquiar e maquiar ela também, só pra gente andar por todas as lojas de BH pra experimentar roupas. E ficar super feliz quando encontra um chinelinho de dez reais. Felicidade é ter alguém que saiba suprir sua carência, que fique do seu lado no momento que você mais precisa.
É ter uma mãe, uma avó e uma amiga sempre te prontidão pra você.
É comer o frango com quiabo que ela faz, ou o macarrão com sardinha que é o melhor do mundo. Felicidade é poder escolher o que quero comer no almoço, jantar e café.
E quando chega a hora de dormir, ter um quarto lá escuro, limpinho, com lençóis limpos e travesseiros confortáveis. Só pra mim!
Felicidade é ter uma avó que se chama Rosa, porém sem espinho algum! É ter uma avó como a minha, a quem nunca poderei agradecer o que fez e está fazendo por mim.

Vó, amo você!

Fabyola Gleyce

Alguma lembrança

Achei ontem
uma mancha vermelha
escorrendo no chão.
Assustada, percorri meu corpo com as mãos
verificando algum ferimento.
Não havia nenhum.
Era apenas o esmalte vermelho
Que escorria
O qual outrora comprara
Para te agradar.

Fabyola Gleyce

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um exército de Barbies

Quando eu nasci,
Um anjo narciso, parecidíssimo com o Clodovil
Desses que vivem frente ao espelho,
Disse: “Vá Fabyola, ser Barbie na vida.”
Contrariando a vontade do anjo, cresci contra a ditadura da beleza.
Coitado dos meus seios! Não tem e nunca verão silicone.
O que faço no máximo por eles, é colocar um sutiã de enchimento vez ou outra!
Ah anjo vaidoso...
Desculpe-me mas meus 60cm de cintura continuarão assim.
A gravidade ainda não afetou meu bumbum, então ele ficará como está.
Se eu perguntasse o clássico: “Espelho, espelho meu blá blá blá...”, ouviria quase que automaticamente e em um tom bem gay: “Minha filha acorda! Nem precisa ligar a TV não! Olha aí do seu lado que montanhas de Barbies recém saídas de fôrmas cujo corpo é uma verdadeira obra dos deuses! Quer comparar o seu sutiã 36 com o 48 delas? Tenha dó minha querida!”
Meu anjo narciso quebrou a cara comigo. Odeio plásticas, odeio cabelos falsos e odeio anorexia.
Maquiagem? Calma aí! Ninguém é perfeito! Tenho inclusive ficado íntima de Kaká Morais atualmente... comprei até um curvex! Se sei usar? Não...mas tenho.
Quando escrevo essas baboseiras, escrevo visando dar uma cutucadinha na indústria da beleza. Indústria esta que nos escravizam, nos piram. Pra que copiar o padrão de beleza americano e nos inflar com litros e litros de silicone?
Por que arriscar a vida numa mesa de cirurgia para remover 2cm? Pra que correr o seriíssimo risco de perder a visão fazendo uma plástica para mudar a cor dos olhos? Sim... isso não é coisa de outro planeta. Já chegou aqui na Terra, e dizem por aí que existe muito marciano assustado com isso.
Ah anjo narciso. Perdoe-me você, mas eu sou uma bela brasileira abençoada por Deus e bonita por natureza!
Diz-me anjo, qual a graça de ter apelidos como Melancia, Melão, Jaca e sei lá mais o quê? Repare bem: de grossa só tem a casca! Experimente deixar o conteúdo dessas frutas exposto por um tempinho só. Estraga, apodrece! Nem pra salada de fruta serve mais!
Tenha dó mídia televisiva, dessas pobres mortais que vendem até a alma objetivando bancar uma cirurgia para encher os olhos desses pênis-expectadores!
Como disse Jabour certa vez, essas mulheres fabricadas são feitas para olhar. Elas possuem estampadas no meio da testa a ilusão de sexo fácil, de um orgasmo transcendental. Elas te dominam –pela TV! No mundo real são mulheres narcisistas que se afogam facilmente no próprio reflexo só olhar mais que três segundos pra ele. Na maioria são mulheres sem conteúdo (INTERNO, porque no externo, só de espirrar já sai silicone.).
São mulheres que respondem à um simples “Bom dia” com palavras como “Meu...preciso botar uma prótese maior”
E os homens não escapam. Não sei que onda é essa pseudo-fisiculturista que vem se expandindo a todo vapor e que muitos adolescentes tem se aderido.
Certa vez vi um cara se preparando para uma apresentação fisiculturista. Só tinha corpo! Nem capacidade pra sem arrumar sozinho tinha. “Amor, você já preparou meu bronzeado falso para o meu corpo ficar brilhando? Mas cuidado para não manchar minha pele hein...”
Ah pro inferno! Por que um brutamontes desses não esfrega semente de urucum no corpo? Pra mim o efeito seria o mesmo: UMA MERDA!
Gostaria de saber onde se encontram nossos homens e mulheres de verdade. Será que foram raptados pelos marcianos? Quando é que esta esteira que gira em direção a máquina de assar Barbies e Kens vai parar?
A beleza natural perde um espaço significativo à medida em que o tempo passa e conforme somos bombardeados com outdoors e revistas com imagens de Apollo e afins.
E se repararmos bem (aliás, nem precisa reparar tanto assim), esse tipo de indústria é extremista. Ou você segue a linha 300ml em cima de 1 litro embaixo, ou morre de anorexia.
Meu peso? 48Kg com orgulho, sutiã 36 em dias normais e 38 na TPM. Uso maquiagem, e quando a gravidade começar a agir sobre mim, posso até pensar em dar uma ajeitadinha aqui ou ali desde que isso seja jeito para melhorar minha auto-estima.
Falando nisso, uma última dúvida: Por que não existem plásticas de preenchimento de auto-estima? Ah...que isso seja assunto para outro dia.

Fabyola Gleyce

Quando os fantasmas não calam

22h.
Mais o término de um dia terrível e percorro ansiosamente o percurso até o local onde minha rotina diária deveria encerrar-se: minha cama.
Coloco uma roupa leve, penteio os cabelos e me lembro que não troquei o lençol hoje.
Pacientemente, troco o lençol, coloco fronhas limpas e espero que meu relógio biológico se desligue.
23h e o sono não vem.
Algo me incomoda. Ah sim! A vizinha mais uma vez esqueceu a luz da varanda acesa, e esta –Meu Deus!- vem direto aos meus olhos. Fácil! Pego minha venda preta e a coloco. Agora sim eu pego no sono.
O relógio dá mais uma volta. Meia-noite. E eu começo a ouvir alguns ruídos no meu quarto. Aiaiai...ainda avisei a minha mãe para chamar o dedetizador. Deixa... amanhã resolvo isso. Lembro do tapa-ouvidos que meu pai trouxe de presente da usina pra mim. Aliás, um dos melhores presentes que já recebi. Coloquei-os.
Pronto! Agora sim, eu posso dormir em paz. Ambiente escuro, lençóis limpos, ausência de ruídos. Perfeito.
Na expectativa de mergulhar em um sono profundo, esqueço-me completamente de como minha serotonina implora para ser reposta. Começa-se então um tic-tac sem fim.
Onde encontro esse maldito relógio? Um teatro infernal começa a surgir. Ouço algum choro ao longe. Não reconheço a voz. Começo a me lembrar de detalhes sem importância. Abracei meu cachorro hoje? Meu desktop está uma bagunça! Tenho que aprender a formatar um Mac.
Será que se eu tivesse descartado o três de copas ao invés do As de espada, eu teria batido? Nossa... tomei o remédio na hora errada.
Nesta noite insônica, meus fantasmas não calam.
Deus, pare meu cérebro, eu quero descer...

Fabyola Gleyce

Eterno Luto...

A superação vem aos poucos.
A saudade martela.
A superação vem como
As águas calmas e às vezes turbulentas
De um rio.
Dá voltas, contorna pedras
Até se desembocar
No mar da serenidade.
A saudade dói.
Sinto meus olhos
Preenchidos com a areia
Do meu próprio caminho.
Perder alguém que se ama
Não é fácil.
Direcionar a vida para outro planos
No início é impossível.
Mas o rio dá voltas.
A vida também.
A minha estrela brilhará pra sempre
E este será um luto eterno.
Mas a superação
Já está à chegar.
Uma vez falei que a felicidade
Era feita apenas para alguns.
E eu não me incluía.
Hoje vejo, embora ainda embaçado,
Que talvez a minha já esteja ao lado,
Basta eu secar os olhos
Para poder enxergar melhor.

Fabyola Gleyce

(À todas as palavras de carinho que recebi,
o meu muito obrigado, perdoem-me apenas
por não poder retribuir.)

Vivendo mais um dia...

Antes de começar escrever já prevejo que este vai ser mais um texto chato, sem nexo e apenas de interesse meu. Bem...como não obrigo ninguém a ler nada...
Ok,ok. Vou fingir que não tenho nenhum leitor e escrever o que bem me entender –como sempre faço.
Tem algumas coisas que eu gostaria muito de fazer ultimamente se eu pudesse.
A primeira delas é tirar umas férias lá na lua. A segunda é espancar São Jorge com uma vara de marmelo e roubar o dragão dele. A terceira é descer com o dragão aqui na Terra novamente e dar umas boas chicotadas nele até que ele ateie fogo em algumas coisas que eu gostaria de queimar e destruir pra sempre.
Acho que depois desse começo é melhor eu mesma descer da lua e voltar pra realidade antes que eu seja abduzida por esse parágrafo acima sem sentido algum.
Ultimamente eu tenho pensado muito em muitas coisas diferentes. Decepção, relacionamento, amizade. Meu Deus! Como seria mais fácil se as coisas fossem levadas na simplicidade em que deveriam!
Houve um tempo em que eu coloquei em minha cabeça que os sentimentos não teriam mais efeito algum em minha vida. Decidi que eles não tinham nada de sólido, logo não teriam mais em minha vida a importância que até então eu estava dando a eles. Decidi que os sentimentos seriam uma espécie de pensamentos, bons ou ruins, mas que passariam como uma nuvem. Então preocupar-se com eles seria mera perda de tempo. E então descobri que os sentimentos existem. E são mais sólidos do que a água quando vira gelo. Mas infelizmente só lembro disso quando estou mal. Já reparou que os momentos ruins demoram mais que os bons, mesmo se tiverem o mesmo espaço de tempo? Coisa chata isso...
As vezes eu queria ser uma gotícula de água. Fácil pra evaporar.
É tanta decepção de tanto lado, que dá vontade de simplesmente sumir, ir embora. Colocar fogo em tudo pra descontar a raiva. É dragão de São Jorge...se eu te pego você está perdido comigo...
Será que pedir um pouco de paz e privacidade ou mesmo paciência, é pedir demais? Em quem eu confio? Será que os tão queridos amigos são seres imaginários? Ai Deus! Poupe minhas palavras e não deixe que esse desabafo cause tanta polêmica... e se causar crucifique-me mas perdoe-me pois não sei o que faço...
Estou vivendo um momento crítico em minha vida. Financeiramente, profissionalmente, pessoalmente, emocionalmente e acho que em todas as áreas da minha vida que possui terminação “mente”.
Já basta minha desilusão amorosa...já basta o coração do Boneco de Lata lá de OZ, que roubei pra mim,mas que não bate nunca. Já basta minha vontade de comer comida japonesa...aiaiai...vai passar, tenho certeza.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Estrelinha

Hoje eu acordei com tanta saudade e tanta tristeza....ainda não consigo escrever algo pra vc, mas saiba eu não te esqueço. Me perdoe por não ter feito o impossível, mas não era da vontade de Deus. Só peço a ele que me console, pq as vezes acho que vou morrer de tristeza.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

....

Minha estrelinha, não vou escrever muito pois ainda não consigo. Sei que você está brilhando no meu coração, e sei que está comigo o tempo todo.
Vou parar, pois não consigo mais

Eu te amo