terça-feira, 30 de novembro de 2010

REVISTA CAMINHOS GERAIS


A REVISTA DO POVO MINEIRO!

Vale Off Road


Só Deus sabe o que este jornal representa pra mim.
Pra ser direta, representa a minha passagem da Fabyola morta para a Fabyola cheia de vida que eu sempre fui e voltei a ser.

Deus, obrigada por tudo!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Desabafo apenas

Nossa...
Uma página em branco na minha frente, ouvindo a doce voz de Renato Russo e meio dopada. Não sei o que vai sair. Seja o que Deus quiser.
Hoje foi um dia chato. Um daqueles dias que a gente tira pra tomar noção das coisas. Sou (ou estou?) intolerante demais ao mundo. Nada parece estar bom.
A sorte é que amanhã terá um show do Raimundos couver aqui. Alivia a pressão interna.
Queria hoje apenas a companhia de Renato. Dá raiva saber que ele se foi sem me conhecer. Trocaríamos umas boas idéias. Sim, sou fanática. Ah meu Renato... deixe-me escrever para você. Minha papola da Índia...
Eu quero um dia de sol num copo d`água.
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De repente percebo que não existem mais tristezas ou mágoas. É como se minhas lágrimas estivessem secado. É como se eu perdesse o dom de chorar. Desde julho que não choro. Sinto-me suja por dentro. É como se as lágrimas me limpassem. E não as tenho mais. Claro...eu sei o motivo. Mas expô-los seria desnecessário. Mas descobri que é possível não chorar quando se está triste.
Acho eu que na verdade, estou me tornando uma panela de pressão a ponto de explodir. Não sei o que será de mim quando resolver voltar a ser humana.
Estou sendo máquina.
Uma máquina fragmentada. Uma máquina. O que fiz de minha própria vida? De repente percebo que tornei-me um projeto meu. Esta mania de ser engenheira.
Acho que é por isso que a maioria dos escritores morrem pobres. Só existem loucos.
Ah falsa matemática dos amantes...
Não estou afim de ouvir a voz de ninguém. Nem de ver ninguém. Não estou afim de mim. Eu quero um dia de sol num copo d`água.
Paro por um segundo e penso. É como se eu estivesse materializando meus sentimentos. Estou me sentindo angustiada, mas impedida de chorar. Estou cansada. Acabei de ouvir a frase de Raul “...pena eu não ser burro. Assim não sofreria tanto...”. Ah Raul...
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Parei de beber. E me questiono: para agradar quem? Não sei se foi a mim.
Hoje é o típico dia que eu preciso de um wisque com energético e não posso tomar porque me proibi. Ah Fabyola...
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Acabei de dizer uma frase que repetirei agora: estou cansada dessa maldita maratona capitalista que tenho que enfrentar dia após dia, das normas que tenho que seguir calada...sou ridícula demais. Sinto-me um personagem de Fernando Pessoa “...eu que tenho sofrido enxovalhos e calado. E quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda”. Como existem bons poetas...
Bons poetas e bons psicólogos. Um amigo meu acabou de me diagnosticar e vou dizer sério: economizei uma sessão de terapia.
Minha sede de vitória as vezes me cega.
Não sei o que será de minha vida no futuro, mas sei que tenho que construir as bases agora. Será que estou fazendo do jeito certo? É isto que me incomoda.
Sei que chegarei a algum lugar, apesar desta complicação de sentimentos. Seria mais fácil se eu visse o mundo apenas como o mundo, sem nenhum vinculo afetivo. Gostar é difícil. Gostar das coisas é difícil. Estou me tornando fria. Meu namorado reclamou comigo. Bem...é meu momento agora.
Quer saber? Foda-se esse mundo hipócrita. Frase de adolescente? Pode ser...
Mas foda-se o mundo mesmo. Cansei de ser marionete de um sistema cheio de falhas e ter que ficar calada...ah santo dom do desabafo pela escrita...
Por hoje é só...pode ser que amanhã eu mude de idéia em relação ao mundo, mas por hoje...foda-se tudo.

Fabyola Gleyce

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

500 anos de eleições

As eleições brasileiras não são algo recente. O livre exercício do voto surgiu logo depois da chegada dos colonizadores portugueses. Os bandeirantes paulistas, por exemplo, realizavam eleições para eleger os guardas-mores antes mesmo de fundar as cidades e vilas. A primeira eleição ocorreu em 1532 para eleger o Conselho Municipal da vila de São Vicente, no litoral paulista. Mas as pressões populares e o crescimento econômico do país passaram exigir a efetiva participação de representantes brasileiros nas decisões da corte.
Em 1821 aconteceram as eleições gerais para eleger os deputados que iriam representar o Brasil na corte, processo que durou vários meses devido às inúmeras formalidades. Até o fim do Império, a relação entre estado e religião era tão forte que algumas eleições passaram a ser realizadas dentro das igrejas. Era necessária a profissão da fé católica pelos candidatos para serem eleitos.
Somente a lei Saraiva, editada em 1881, acabou com essa determinação, introduzindo as eleições diretas. E a Constituição de 1891 determinou a separação entre igreja e estado.
Até 1828 as eleições para governos municipais obedeceram às ordens da corte, que eram as determinações legais vindas do rei e adotadas em todas as regiões sob domínio de Portugal. O voto era livre no inicio e direito de todo o povo. Com o tempo, porém, passou a ser direito dos que detinham maior poder aquisitivo. A idade mínima era 25 anos e mulheres, escravos, índios e assalariados não tinham direito de voto.
Os primeiros partidos políticos têm sua origem nas disputas entre as famílias paulistas Pires e Camargos, que usavam de força e violência. Antes da Segunda República só se falava em “grupos”. Somente depois, a expressão “partidos políticos” passou a constar nos textos legais. Até a edição do Decreto-Lei n° 7586 admitiram-se candidaturas avulsas, pois os partidos não detinham a exclusividade dos candidatos. Após o decreto, os partidos passaram a ter o monopólio da indicação dos candidatos.

As sete fases partidárias do Brasil

Houve sete fases partidárias no Brasil, sendo a monárquica a primeira, iniciada em 1837. Até o final do Império comandavam dois grandes partidos, o Conservador e o Liberal, que tiveram suas origens nas rebeliões provinciais da regência. O surgimento do Partido Progressista e a fundação do Partido Republicano, em 1870, completaram o quadro partidário do Império. Durante este período, as eleições eram controladas pelo Imperador, como forma de garantir a maioria ao governo. Isso gerava um número imenso de fraudes e chegava quase sempre a um resultado previsível, por meio da “política dos governadores”, que reinava durante a República Velha.
A Primeira República, de 1889 a 1930 correspondeu à segunda fase partidária e início dos partidos estaduais. As tentativas de organização de partidos nacionais não aconteceram, a exemplo de Francisco Glicério com o Partido Republicano Federal, e a de Pinheiro Machado com o Partido Republicano Conservador.
Na Segunda República iniciou-se a terceira fase partidária, com forte influência ideológica, surgindo assim a Aliança Nacional Libertadora e o Integralismo.
Com o golpe de 1937 e a instalação da Terceira República pouco aconteceu. Porém, na Quarta Republica ocorreu a redemocratização com apresentação dos candidatos pelos partidos políticos, chegando ao multipartidarismo, com treze legendas.
Em 1964 aconteceu o golpe militar, que é considerado a quinta fase partidária, com o bipartidarismo instalado pelo general Castello Branco. A Arena, que seria o projeto brasileiro do PRI (Partido Revolucionário Institucional), e o MDB foram copiados do modelo uruguaio.
A reforma de 1979 deu a inicio à sexta formação partidária, que buscou imitar o sistema alemão de condicionar a atuação dos partidos ao alcance do mínimo de base eleitoral. Em 1985 iniciou-se a sétima e atual fase, com a Emenda Constitucional de n° 25, devido ao alargamento do pluripartidarismo. Nesse mesmo ano Tancredo Neves foi eleito presidente por meio de um colégio eleitoral, mas faleceu antes de tomar posse, assumindo seu vice José Sarney.

Emenda Dante de Oliveira

Em maio de 1985, a Emenda Constitucional n°25 restabeleceu eleições diretas em dois turnos para presidente e vice-presidente da república e eleições diretas para deputados, senadores e prefeitos. E a Constituição de 1988 determinou a realização de plebiscito para definir a forma (monarquia ou república) e o sistema de governo ( parlamentarismo ou presidencialismo) e prescreveu que o presidente e os governadores, bem como os prefeitos dos municípios com mais de 200 mil habitantes, também fossem eleitos em dois turnos.
Estabeleceu-se ainda que o período de mandato do presidente seria de 5 anos, vedando-lhe a reeleição para o período subseqüente. Porém, a Emenda constitucional de revisão n° 5/94 reduziu para 4 anos o mandato presidencial e a Emenda Constitucional n°16/97 permitiu a reeleição dos chefes do executivo para um único período subseqüente. Com a aprovação da lei n° 9.504/97, pretendeu-se dar inicio a uma fase em que as normas das eleições sejam duradouras.

A eleição da primeira mulher para presidente

Dilma Vana Rousseff, nasceu em Belo Horizonte – MG, no dia 14 de dezembro de 1947, e é uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Atualmente é ministra-chefe da Casa Civil, e a primeira mulher a ser eleita para o cargo de presidente do Brasil no dia 31 de outubro de 2010. Nascida em família de classe média alta e educada de modo tradicional, interessou-se pelos ideais socialistas durante a juventude, logo após o Golpe Militar de 1964.
Participou da equipe que formulou o plano de governo na área energética na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2002, onde se destacou e foi indicada para titular do Ministério de Minas e Energia.
Dilma é a prova de que a mulher, antes sem direito de voto, conquistou seu espaço na sociedade atual e pode ser vista como uma das mulheres mais importantes do mundo.

Fabyola Gleyce