domingo, 23 de junho de 2013

Intens(a)idade

Pois é...
Cá estou eu novamente, depois de ter ido e voltado do inferno na semana passada.
Mas... passou! Passou e eu sobrevivi como tenho sobrevivido dia após dias, aprendendo com as dificuldades e aproveitando as experiências que tive para refletir.
Esse era pra ser um daqueles textos deprês, típicos de Fabyola quando está em uma fase ruim.
Mas por alguma razão, eu não me sinto triste. Não me sinto nem um pouco triste. Não sei se é por causa do alto volume de lágrimas que derramei na semana passada, da energia negativa extravasada do meu corpo...não sei, só sei que estou melhor, estou tranquila, estou feliz.
Semana passada eu realmente achei que não aguentaria. Foi tenso em todos os sentidos. Uma das únicas vezes que eu achei que Deus havia me dado um fardo maior do que o que eu aguentava. Enganei-me feio e o resultado é que depois da turbulência de emoções e situações vividas, encontrei um verdadeiro espírito Fênix em mim.
E o melhor: sinto-me orgulhosa. Sim, por ter aceitado as minhas emoções sem mascarar a minha realidade, por ter sentido o “gosto amargo do calvário” sem mascará-lo com algum doce. Por ter sido forte para manter meu caráter e dignidade de pé, no momento em que meu interior simplesmente se desabava. E o resultado não poderia ter sido outro: crescimento pessoal e emocional.
Às vezes a vida nos prova de cada forma que vou te contar viu! E temos que aprender meio que na marra a contornar uma situação, a analisar friamente os fatos, a diferenciar um sentimento do outro e, principalmente, nos responsabilizar por nossas próprias ações.
O que eu sinto neste momento de paz interior, é que não devemos ter arrependimento de nada que foi vivido. Existem pessoas que aparecem na nossa vida pra nos despertar, pra nos ensinar muito sobre nós mesmos, pra nos fazer bem. E da mesma forma que essas pessoas aparecem, elas também devem ir embora. O duro é aceitar. No entanto, não é nada que o tempo não esclareça e cure. E, então, fica o profundo sentimento de gratidão.
Hoje, não vou escrever muito, apesar de ter muito pra ser dito.
Fica aqui a música do meu nobre Raul que me traduz nesse momento:
“Enquanto eu provo sempre o vinagre e o vinho
Eu quero é ter tentação no caminho
Pois o homem é o exercício que faz
Eu sei... sei que o mais puro gosto do mel
É apenas defeito do fel
E que a guerra é produto da paz
O que eu como a prato pleno
Bem pode ser o seu veneno
Mas como vai você saber... sem tentar?
Se você acha o que eu digo fascista
Mista, simplista ou antissocialista
Eu admito, você tá na pista
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou egoísta, eu sou,
Por que não?”
Que venha vida com toda a intensidade possível, pois tenho sede de emoções, de experiências. Sede de poesia, do desconhecido, do novo, do mundo. Sede de descobrir. Sede de reencontrar-me em cada encruzilhada do meu próprio caminho. Sede de descobrir uma poesia ou letra em cada empecilho que surgir. Sede do meu eu-poeta. Sede de sentir-me como centro do meu mundo, de experimentar meu egoísmo. Sede de viver.

 Fabyola Gleyce

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